TRAMA DE ÉPOCA

Nos Tempos do Imperador: Luísa era odiada pelo filho? Entenda

Na novela, Dominique e a mãe, a Condessa de Barral, não têm uma boa relação

Publicado em 25/01/2022

A volta de Dominique (Guilherme Cabral) ao Brasil tem movimentado Nos Tempos do Imperador. Desde que chegou, o adolescente mostra que guarda muito rancor da mãe, Luísa (Mariana Ximenes).

No capítulo desta terça-feira (25), inclusive, Dominique levou um tapa na cara após confrontar a mãe, que o flagrou mexendo em suas cartas. “Respeito?! Sendo amante do Imperador? A senhora não é digna de respeito”, despejou o jovem rebelde. [A foto acima é da cena em questão]

É nesse momento que Dominique resolve ir atrás de Tonico (Alexandre Nero), a quem ele já sabe que a mãe não gosta de jeito nenhum. Anteriormente, com segundas intenções, aliás, o deputado buscou se aproximar do menino.

A mágoa que Dominique sente por Luísa na novela é proveniente da ausência da mãe em sua criação na França, para onde vai bem pequeno com o pai, Eugênio (Thierry Tremouroux). O marido de Luísa descobre que Luísa tem um caso com Dom Pedro II (Selton Mello) e decide ir embora para a Europa. Ela, já apaixonada, resolve ficar no Brasil.

Dominique (Guilherme Cabral) e a Condessa de Barral (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador (Reprodução Instagram)
Dominique (Guilherme Cabral) e a Condessa de Barral (Mariana Ximenes) em Nos Tempos do Imperador (Reprodução Instagram)

Lembrando que a história escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão mistura ficção com realidade, então o que o público da novela vê agora pode ser ou não algo que ocorreu verdadeiramente.

Vale dizer que nesta reta final do folhetim, Dominique dará bastante trabalho à mãe, mas logo após começará a se reconciliar com ela. As cenas da união dos dois prometem ser bem emocionantes [a foto acima mostra um desses momentos].

Dominique foi criado longe da mãe?

Segundo relatos históricos, há outras versões sobre o que aconteceu realmente na relação entre Luísa e Dominique.

Na História real, o menino, que é mesmo filho de Eugênio, se chama Horace Dominique. Ele nasceu em 1854, na Bahia, e cresceu junto da mãe, no Brasil, até quando o menino tinha aproximadamente 10 anos de idade.

De acordo com Mary Del Priore, historiadora que escreveu a biografia da Condessa de Barral, o pai de Dominique também esteve ao lado de Luísa enquanto as princesas Isabel e Leopoldina, filhas de Pedro II, cresciam.

Em momentos pontuais, porém, Eugênio viajava para a França, e diferente do que Nos Tempos do Imperador mostra, o diplomata não foi embora definitivamente para o país europeu sozinho, tampouco levou Dominique junto.

Luísa, a Condessa de Barral e o marido, Eugênio, o conde de Barral (Reprodução)
Luísa, a Condessa de Barral e o marido, Eugênio, o conde de Barral (Reprodução)

Aliás, o filho de Luísa, o único que ela teve, era bem querido tanto pelo Imperador quanto por sua esposa, Teresa Cristina, a quem o público da novela enxerga como uma rival da Condessa de Barral.

Em seu livro, Mary Del Priore revela que Dom Pedro II propôs para Luísa que Dominique estudasse no Brasil. Mas a amante não quis e junto de Eugênio, decidiu se mudar para a França em 1965, pensando nos estudos do menino.

Na Europa, Luísa exerceu a maternidade em tempo integral, ‘pegando pesado’ com a educação de Dominique.

Relação conturbada?

Apesar de Luísa ter estado sempre por perto para cuidar de Dominique, durante sua adolescência, o rapaz descobriu que a mãe era amante de Dom Pedro II. Seu pai já havia falecido nessa época.

As discussões entre filho e mãe realmente teriam acontecido, segundo a historiadora, principalmente quando Pedro II expressou a vontade de encontrar Luísa pessoalmente em terras francesas. Dominique enxergava a proposta como uma afronta e sentia bastante vergonha, pois o nome de Luísa circulava entre os nobres de modo pejorativo.

Também há relatos que indicam que o próprio Imperador tentava disputar a atenção da amante com o filho dela, isso quando Dominique já era um jovem e passou a demonstrar desprezo pelo monarca.

Dominique estudou bastante, se formou em Direito, mas seguiu a carreira de diplomata, assim como seu pai. Ele se casou em 1882 com Maria Francisca de Paranaguá, com quem teve dois filhos, Jean Dominique e Maria Margarida.

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