
“Um jeito diferente de fazer novela.” Com esse slogan, a TV Globo promoveu em 1990 Araponga, uma produção lançada num horário extra, o das 21h30, para ajudar a conter a fuga de espectadores que, ao final de sua novela das 20h30, mudavam para a TV Manchete a fim de ver Pantanal, sucesso marcante do ano.
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Seria Araponga a substituta de Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu, no mesmo mês de outubro de 1990, mas a mudança de planos da emissora fez com que Cassiano Gabus Mendes fosse convocado a criar uma nova história para a vaga. Assim surgiu Meu Bem, Meu Mal, lançamento mais recente do catálogo do Globoplay.
A sinopse foi desenvolvida por Dias Gomes, e a novela escrita por ele com Lauro César Muniz e Ferreira Gullar. Cada um desenvolvia um capítulo do enredo, que falava de espionagem e inovações científicas a partir do cotidiano de um agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI): Aristênio Catanduva, o Araponga (Tarcísio Meira).
Saudoso do tempo do regime militar e sempre envolvido em investigações escalafobéticas, que partem de conspirações aparentemente sem muito sentido, Araponga vive às voltas com a mãe que o trata como menino, Dona Marocas (Zilka Salaberry); o informante mentiroso Tuca Maia (Taumaturgo Ferreira); e a jornalista Magali (Christiane Torloni), com quem se envolve.
Nesta semana, o TBT da TV do Observatório da TV fala de Araponga, uma novela à qual o tempo não fez ainda a devida justiça, que apostou numa história anticonvencional contada como novela, mas num ritmo semelhante ao de um seriado, ou de uma minissérie. Confira o vídeo!