LEÃOZINHO

Reginaldo Faria relembra bastidores com Vera Fischer em O Clone: “Que mão grande!”

Ator interpreta Leônidas, pai dos gêmeos Lucas e Diogo, e namorado de Yvete

Publicado em 16/12/2021

Exibida no Vale a Pena Ver de Novo, O Clone traz no nome o mote principal de seu enredo: a clonagem humana. Leônidas Ferraz, papel de Reginaldo Faria, está no centro dessa discussão, que à época em que a trama de Gloria Perez foi ao ar, em 2001, era ainda um tabu.

Em O Clone, Leônidas é pai dos gêmeos Diogo e Lucas (Murilo Benício). Diogo morre em um acidente, deixando um vazio em todos entes próximos, como é o caso de Albieri (Juca de Oliveira), médico geneticista conhecido por sua postura ética, mas fascinado por inovações da ciência.

Albieri, em um lapso, decide criar um clone com as células de Lucas, que é gêmeo idêntico de Diogo, e nasce Léo, o terceiro personagem de Murilo Benício. Mais para a frente, quem assiste à reprise nas tardes da Globo saberá a reação de Leônidas ao conhecer o clone de seus filhos.

Reginaldo Faria conta, em entrevista, como foi viver o empresário, sua relação com Vera Fischer (Yvete, seu par romântico na trama) e demais curiosidades da época de gravação do folhetim de sucesso.

O que você recorda de todo o processo de construção do Leônidas e como foi a preparação para interpretá-lo?

A primeira pergunta que me fiz foi de como me comportaria sabendo que meu filho foi clonado. Se fossem gêmeos, o processo seria natural e os veria crescer. Mas clonado e com idade de vinte e poucos anos é assustador. Preparei meu espírito para isso. E, logicamente, o processo de gravação iria me conduzir e apresentar emoções novas.

O casal Leônidas e Yvete caiu no gosto do público. Como era a sua troca com a Vera Fischer?

Eu não tinha noção do que seria a química entre mim e Vera Fischer. Até porque, era a primeira vez em minha carreira que iria contracenar com ela. Para mim, Vera era um mito.

Lembro que, em uma das cenas, segurei na mão dela e disse: “Nossa! Que mão grande você tem”. Ela respondeu: “Tudo em mim é grandioso”. Eu me apoiei nessa frase dela. E juntos criamos a empatia que o casal precisava. Deu certo. Vera, além de boa atriz, é uma excelente companheira.

Essa novela é um de seus trabalhos mais marcantes na carreira?

Durante o período de gravações não percebi tanta repercussão do meu trabalho, embora a novela estivesse no auge do sucesso. Como sou um sujeito caseiro, não senti tanto esse retorno através do nosso público. Só soube disso mais tarde, quando a novela foi exibida na Rússia. Recebi centenas de mensagens das mulheres russas.

Na época, o que o público daqui falava com você sobre a novela?

A nossa cultura é novelesca desde os tempos das novelas radiofônicas. Muitas pessoas davam nomes aos filhos através dos personagens de novelas. Na época as pessoas queriam saber se o Leãozinho iria ficar com a Yvete.

Com a venda da novela para muitos países, em suas viagens você deve ter sido bastante reconhecido. Em quais países que visitou o público foi mais caloroso?

Não fiz muitas viagens. O que de fato marcou foram as mensagens vindas pelas redes sociais, especialmente das mulheres russas.

Leia outros textos da colunista AQUI.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade