Se desenrola um novo capítulo na discussão acerca da acusação de racismo que o ator Giu Alles move publicamente contra a Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Durante a cerimônia realizada na última terça-feira, 02, no palco do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, o ator, componente da Companhia Antropofágica, uma das vencedoras da noite, declarou que foi abordado por um segurança que lhe pediu que abrisse a bolsa com a acusação de ter roubado um dos troféus da premiação.
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Em entrevista ao Observatório da TV, o diretor da associação e organizador da cerimônia Celso Curi garantiu que houve um mal entendido e que não foi feita nenhuma revista e nem pedido para que o ator abrisse sua bolsa.
“(…) alguém da produção me disse que o rapaz havia guardado o troféu na bolsa, pensando que aquele já era o troféu dele. Eu fui até ele e tentei explicar que talvez tivesse havido um engano, ele se ofendeu, abriu a bolsa e ficou essa situação chata. Imagina, eu jamais iria revistar ninguém”, disse Curi, que explicou ainda que a entrega de troféus seria simbólica, uma vez que as estatuetas não ficaram prontas a tempo da cerimônia.
“Não tinha segurança, eu era o segurança. Eu tentei explicar o que estava acontecendo, mas ele sumiu no meio da multidão e ali se organizou com o grupo e eles fizeram o discurso no palco”. Na manhã desta sexta-feira, 04, a associação divulgou por meio de suas redes um comunicado em que diz ser inaceitável a acusação de racismo, e que o que houve foi uma “comunicação gentil e educada sobre o fato de o troféu ser cenográfico – e não o oficial -, disponibilizado apenas para a foto no ato da entrega”.
Em nota, a Companhia Antropofágica diz que se prepara para divulgar uma carta de repúdio em resposta ao ocorrido e considera que a nota divulgada por Curi apresenta uma distorção de fatos. “Tomamos conhecimento de nota publicada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) por meio de seu diretor Celso Curi. Reconhecemos nela uma distorção dos fatos e repudiamos a tentativa de apresentar a situação como ruído de comunicação. A Antropofágica aguarda uma retratação pública.”