Folhetim dos mais pitorescos e elogiados na faixa das 18 horas da TV Globo, a novela Força de Um Desejo (1999-2000), de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, embora figure entre as mais clássicas da história recente da dramaturgia, não representa um sucesso de audiência.
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Nem em sua exibição original, tampouco em sua reprise, em 2005, no Vale a Pena Ver de Novo, quando virou freguês do SBT, que exibia a enlatada mexicana A Madrasta.
Programada para uma nova reapresentação, desta vez no canal Viva, informação de Duh Secco, no RD1, Força de Um Desejo reúne um elenco de requinte e brilhantes atuações, mas que não foram o suficiente para barrar ascensão e a popularidade da sombria história policial protagonizada pelos veteranos Victória Ruffo e César Évora.
A derrota da novela da Globo veio a se repetir nas tardes, um mês após a sua reestreia, com a chegada de A Madrasta, que mostrou força total ao ganhar o embalo da segunda reprise de A Usurpadora (1998), que em sua última semana chegou a registrar números acima dos 14 pontos.
Em seu último capítulo, a entrega da trama de Gabriela Spanic para A Madrasta bateu 16 pontos contra 14 da Globo. A partir de então, Maria (Vitória Ruffo) carregou as tardes do SBT nas costas, e, bem como diz o slogam do folhetim mexicano, ela se tornaria o “seu pior pesadelo”. E assim foi!
Força de Um Desejo não segurou a audiência de sua antecessora, Laços de Família (2000-2001), e a famosa “dobradinha” de novelas do SBT, fortalecidas por ótimos títulos como Café com Aroma de Mulher (1995) e Maria do Bairro (1997), além de uma grade sustentada com séries, Casos de Família com Regina Volpato, telejornal e Rebelde (2004-2006), deu um enorme trabalho para a Globo.
Enquanto a trajetória de A Madrasta caminhava para se tornar um marco no que se refere audiência de novelas internacionais no Brasil, na Globo, a reprise de Força de Um Desejo saiu do ar e entrou direto no ranking das piores da década passada.
A estreia de A Madrasta registrou 11 de média. A novela chegou a liderar em vários capítulos que apresentaram os populares “pontos de virada” da história, alcançando 15 de pico. No último capítulo, a trama de Maria e Estevão conquistou 13 pontos de média, e garantiu a liderança absoluta ao SBT.
Contudo, o belo folhetim de época da Globo, como adiantado por Duh Secco, tem previsão de estreia no Canal Viva a partir de dezembro, em substituição a Chocolate com Pimenta (2003). Vale lembrar que a mesma novela já foi anunciada para estreia em 2019, mas o que acabou vindo foi Porto dos Milagres (2001).