A novela O Tempo não Para é muito elogiada pelo texto afiado e coerente, que faz boas críticas sociais em tom cômico.
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De fato, a comparação da época dos ex-congelados com os tempos modernos é frequente, mostrando que nada mudou mesmo após séculos.
Sendo assim, temas como racismo e desigualdade estão sempre nas falas de personagens como Marocas (Juliana Paiva) e Dom Sabino (Edson Celulari).
É nessa linha que a trama das sete abordará o descaso ao Museu Nacional, bem como à cultura nacional em geral.
A crítica acontece durante uma visita de Marocas, Miss Celine (Maria Eduarda de Carvalho), Menelau (David Júnior) e Cesária (Olívia Araújo) ao Rio de Janeiro.
O Tempo não Para critica descaso com o Museu Nacional
Conforme o roteiro da novela, Marocas pretende fazer uma pesquisa para saber se Dom Sabino é mesmo considerado um criminoso de guerra.
A mocinha está sendo chantageada por Emílio (João Baldasserini).
O vilão falsificou documentos para acusar o magnata, tudo para se casar com Marocas.
Assim, a filha de Agustina (Rosi Campos) decidirá ir ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) procurar arquivos sobre o pai.
Da mesma forma, ela decide conhecer melhor o Rio de Janeiro e o Museu Nacional.
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Porém, tanto Marocas quanto os amigos ficarão surpresos ao ver o estado do local após o incêndio.
“Que tragédia. A antiga residência Imperial completamente destruída. Um tesouro arqueológico com relíquias de vários povos antigos. Quase tudo reduzido a pó”, lamentará a heroína.
Já Miss Celine lembrará do descaso dos governantes com a memória do país.
“Esse é o cuidado que os governantes de hoje dedicam à nossa história”, criticará a professora.
“Como querem construir um futuro melhor se não são capazes de preservar a memória de um povo?”, completará Marocas.
As cenas estão previstas para irem ao ar dia 27 de outubro em O Tempo não Para.
Vale lembrar que o Museu Nacional foi atingido por um incêndio de grandes proporções no dia 3 de setembro.
Sem dúvidas, foi uma grande tragédia – com causa ainda desconhecida – que destruiu cerca de 20 milhões de itens históricos.