O ator Lima Duarte, de 92 anos, conhecido por seus papéis marcantes na dramaturgia como Roque Santeiro (1985), Rainha da Sucata (1990), A Indomada (1997), Da Cor do Pecado (2005) e Caminhos das Índias (2009) revelou que tem um carinho em especial por uma novela de sua carreira: A Próxima Vítima, trama de Silvio de Abreu lançada em 1995.
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Em entrevista ao gshow, o veterano relembrou com carinho o seu personagem Zé Bolacha da novela e destacou que foi a história ‘mais paulista’ de toda a sua carreira. “Essa foi a novela mais paulista que fiz e assisti. Era muito a cara do bairro da Mooca, em São Paulo. Tinha uma marca ítalo-brasileira forte nos cenários, nos diálogos. O Zé Bolacha era um caminhoneiro que tinha amor pela distância. Ele amava os livros e em cena pude falar poemas lindos de Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade”, contou o artista.
Lima Duarte também falou sobre o mistério envolvendo a trama de Silvio de Abreu e relembrou com carinho um de seus filhos na história. “Existia esse mistério, o de quem era o grande assassino, o responsável por aquelas mortes no folhetim… E que foi revelado só no último capítulo. Eu tenho boas lembranças da Vera Holtz e não me esqueço do menino, o jovem Patrick de Oliveira”, disse.
Em A Próxima Vítima, Zé Bolacha era pai de Pai de Juca (Tony Ramos), avô de Yara (Georgiana Góes) e Tonico (Selton Mello), e cunhado de Nina (Nicette Bruno) e de Vitinho (Flávio Migliaccio). Ele chegou a se apaixonar por Irene (Vivianne Pasmanter), além de ser apontado como um dos possíveis assassinos da trama.