A arte brasileira perdeu neste sábado (1) uma das grandes veteranas da televisão brasileira. De acordo com informações do Museu Brasileiro de Rádio e Televisão, através de sua página no Instagram, a atriz Léa Camargo faleceu aos 90 anos.
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“É triste quando não sabemos nos despedir de alguém que sempre foi sinônimo de alegria, sempre extravasou bons sentimentos e emoções. Partiu hoje Léa Camargo, dias depois de completar 90 anos (ela nasceu em 22 de março de 1933), uma amiga querida, nossa colaboradora desde os primórdios, um exemplo de vivência… Fará muita falta, sabendo que agora uma luz intensa no céu com certeza será sinônimo de sua radiante energia no plano superior”, publicou o Museu.
Léa Camargo Sant´Anna nasceu em São Paulo e foi aluna de uma das primeiras turmas da Escola de Arte Dramática da capital paulista, passou pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) e em 1953, foi convidada a integrar o elenco da TV Record, que estava prestes a ser inaugurada. Antes já havia feito participações no Grande Teatro Tupi, na TV Tupi.
Desde então, Léa firmou-se como grande nome da televisão e teve passagens marcantes por praticamente todas as emissoras do Brasil. Entre 1964 e 1966 esteve na Excelsior, onde participou de produções como A Menina das Flores, Em Busca da Felicidade e Onde Nasce a Ilusão, entre outras.
De volta à Tupi em 1967, fez seus trabalhos mais marcantes, dentre eles a Do Carmo, na primeira versão da novela Mulheres de Areia (papel que foi de Lu Mendonça no remake da Globo, em 1993). Na mesma emissora integrou o elenco de A Barba Azul (1974), Ovelha Negra (1975) e a primeira versão de O Profeta (1977).
Na Record, em 1977, fez O Espantalho. E em 1982 participou do grande sucesso da TV Bandeirantes, Os Imigrantes: Terceira Geração. No SBT, Léa Camargo fez Jogo do Amor (1985).
Os últimos trabalhos da atriz na televisão foram na Globo, nos anos 90: Despedida De Solteiro (1992), como Dona Idalina; Anjo de Mim (1996), na pele de Agripina; e Era Uma Vez (1998), como Yara, essa última reprisada em 2021 pelo Canal Viva.