A atriz Maria Luiza Castelli faleceu aos 90 anos de idade, de causas naturais, em 21 de abril deste ano. Gaúcha de Guaporé, ela era mãe do ator e psicólogo Paulo Castelli, e vivia numa clínica geriátrica dirigida pelo filho, em Barueri (SP). A morte foi divulgada pela página Memorial da Televisão Brasileira, no Facebook.
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Maria Luiza Castelli iniciou a carreira ainda no estado natal, Rio Grande do Sul, ao atuar na TV Piratini. Mesmo sem nenhum estudo específico para ser atriz, ela passou em testes promovidos pela emissora. Em 1964, a artista começou a trabalhar na TV Tupi de São Paulo, e nesse mesmo ano atuou nas novelas O Segredo de Laura, de Vida Alves, e Quem Casa Com Maria?, de Lúcia Lambertini.
Ao final de 1964 estreou o primeiro grande sucesso da atriz no gênero: Maria Luiza interpretou Dona Conceição, a sofrida mulher de Dom Rafael (Elísio de Albuquerque) e mãe de Maria Helena (Nathalia Timberg) na primeira adaptação do sucesso radiofônico O Direito de Nascer, de Félix Caignet, para a TV. Thalma de Oliveira e Teixeira Filho responderam pelo texto, e a direção coube a Lima Duarte, José Parisi e Henrique Martins – os dois últimos também integrantes do elenco.
Novamente casada na ficção com Elísio de Albuquerque (agora no papel de Dr. Adalberto), a atriz foi Carlota em Antonio Maria, novela de Geraldo Vietri e Walther Negrão exibida em 1968-1969. Logo em seguida passou a integrar o elenco da TV Globo, o que se deu até o meio da década de 1970.
No período, Maria Luiza Castelli esteve no elenco de A Cabana do Pai Tomás (1969-1970), Pigmalião 70 (1970), Assim na Terra Como no Céu (1970-1971), Cavalo de Aço (1973), Os Ossos do Barão (1973-1974) e Corrida do Ouro (1974-1975). Esta última, assinada por Lauro César Muniz e Gilberto Braga, chega ao Globoplay dentro do Projeto Fragmentos no próximo dia 22.
Na segunda metade dos anos 1970, Maria Luiza atuou em novelas da TV Tupi, como O Julgamento (1976-1977) e Éramos Seis (1977), e nos anos 1980 passou por emissoras variadas: TV Bandeirantes – Pé de Vento (1980) -, TV Cultura – Nem Rebeldes, Nem Fiéis (1982) – e SBT – A Justiça de Deus (1983) e Vida Roubada (1983-1984). Também marcou presença na série Joana (1984-1985), produção independente de Regina Duarte, de quem era mãe em cena, e Guga de Oliveira.
Fora atuações esporádicas no começo dos anos 1990 num filme de André Klotzel (Capitalismo Selvagem) e num episódio da série A Justiça dos Homens, no SBT, Maria Luiza não trabalhou mais como atriz após Joana.