Afastada da telinha desde os anos 1990, a atriz Tetê Medina morre justamente no período em que voltou à cena através de reapresentações de seus maiores sucessos: Água Viva, de Gilberto Braga, e Coração Alado, de Janete Clair. O corpo da artista, de 84 anos, foi cremado nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, onde morava.
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Sua estreia foi no teatro. Recebeu ou foi indicada aos maiores prêmios como Mambembe e Molière, Subiu ao palco pela última vez em “Os Veranistas”, em 1978. Em cinema participou de “A Casa Assassinada”, “Os Inconfidentes’ e “Eu Sou Vida, Não Sou Morte” na década de 1970.
Em Água Viva (1980) interpretou Lucy Fragonard, mulher de Miguel (Raul Cortez) e mãe de Sandra (Glória Pires). Outros destaques, também na Globo, foram Coração Alado – no mesmo ano, onde viveu Crystal Camerino, e Transas e Caretas – em 1984. Fez ainda na extinta TV Manchete a minissérie Santa Marta Fabril em 1984. Suas últimas aparições foram na Globo em participações na minissérie Labirinto (1998) e na série Mulher (1999).
Reprises
Quem não chegou a acompanhar o talento e s sofisticação cênica de Medina, que se afastou cedo das interpretações, tem a oportunidade de verificar através das atuais reprises de Água Viva no Globoplay, além da exibição especial de Coração Alado dentro do projeto Fragmentos através da plataforma de streaming.
Reclusa de interpretações, dedicou-se nos últimos anos a outros talentos: o de escritora e artista plástica. Lançou 38 livros e produziu cerca de 1.000 obras em nanquim, lápis e tintura para tecido.