Há 20 anos, Murilo Benício encarava uma importante missão na carreira: interpretar nada menos do que três personagens em uma só novela. Seriam os irmãos gêmeos Diogo e Lucas, e posteriormente, Léo, um clone de Diogo, em O Clone, trama escrita por Gloria Perez e exibida em 2001.
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Agora, a história será reprisada novamente pela Globo em seu Vale a Pena Ver de Novo, durante as tardes de segunda a sexta, e o público poderá rever Benício envolto a inúmeras reviravoltas.
Diogo, o gêmeo com personalidade forte morre logo no início da novela. Lucas, por sua vez, é a persona central, apaixonando-se logo de cara por Jade (Giovanna Antonelli) e tendo que enfrentar um amor proibido por ela ser muçulmana ao longo do folhetim inteiro. Já Léo, será o clone feito por Albieri (juca de Oliveira), ultrapassando os limites da ética medicinal, ou seja, dá muito pano para a manga.
Ao se lembrar da trama, Murilo Benício avalia a construção de seus personagens. “Lembro que foi muito difícil porque o Lucas era um personagem apagado — mas era para ser assim — e em novela acontecem milhões de coisas. Eu lembro que o Léo demorou para entrar, então passei um tempo só com o papel mais apagado“, conta o ator ao jornal Extra.
Murilo narra a necessidade de surgir um “novo Diogo” após a morte do estudante de Administração na história. “O Diogo tinha que ser o cara solar que morreria num acidente. E, por conta de o Diogo ter morrido, acendia no Albieri a vontade de trazer ele de volta. Aí achei interessante o Lucas ser esse homem apagadinho, que ficaria até mais pesado o fardo de ele de ter sido o filho que ficou”, reflete o artista.
Segundo ele, quando Léo entrou em cena, a atuação pode ocorrer de modo mais criativo. “Para mim, a diferença entre Lucas e Diogo era praticamente nenhuma por eles terem o mesmo background, mesma escola, mesmos pais, mesma casa… Mas sabia que quando o Léo, idêntico fisicamente, mas criado num ambiente diferente, entrasse, eu poderia brincar muito com essa situação“, explica Murilo.
Sobre rever O Clone, Benício dá indícios que não será desta vez. “Parece que é outra pessoa quando assisto. Então, dói menos. Mas não sou daqueles que curtem rever, não”, revela ele, que está reservado para interpretar o vilão Tenório no remake de Pantanal, produzido atualmente pela Globo, e que entrará no ar em 2022.