A atriz Beth Goulart, assim como o público, se emocionou com as cenas em que sua mãe, Nicette Bruno, discursou no final de A Vida da Gente, da Globo, nesta sexta-feira (6). Em homenagem, ela postou o vídeo com a sequência icônica em que veterana, falecida em 2020 em decorrência do coronavírus, aparece e fecha com chave de ouro a trama de Lícia Manzo.
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“O tempo é o grande sábio da existência, ele conhece a beleza das transformações, ele conhece às necessidades de cada um, de cada movimento, de cada fase. O tempo vem a favor de quem o respeita, de quem o reconhece e agradece seu ensinamento. O tempo é fundamental para a compreensão da vida. Meu amor ao tempo e a tudo o que ele representa. Só o amor ultrapassa seus limites, com amor aprendemos o valor da eternidade”, escreveu Beth na legenda do vídeo, postando em seu Instagram pouco tempo depois da novela acabar.
O texto proferido por Iná, papel de Nicette, no último capítulo, exalta a maturidade e a experiência, adquiridas por quem já viveu bastante. É um brinde à melhor idade que a autora escolheu fazer, e que deu bastante certo, uma vez que a veterana interpreta com maestria, emocionando o público tanto na primeira vez em que a trama foi exibida, em 2011, quanto agora, 10 anos depois.
Confira a postagem feita por Beth Goulart:
A cena
“Quem teve o privilégio de viver muito, sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso. Às vezes sua lições são tão repentinas que quase nos afogam.
Outras vezes elas se depositam devagar como conta gotas diante da avidez de nossas perguntas. e por isso, quem teve o privilégio de viver muito tempo, como tantos amigos aqui do nosso bairro, aprende olhar com serenidade o turbilhão da vida.
Amores ardentes instiguem, urgências se acalmam, passos ágeis ralentam, enfim, tudo muda, muda o amor, mudam as pessoas, mudam a família.
Só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando. E é por isso que eu queira esta noite erguer um bride a ele, que esculpiu no meu rosto e na minha alma a sua marca, da qual eu tanto me orgulho, então, ao tempo!“
Confira o comentário do colunista Cadu Safner sobre o texto de Lícia Manzo.