Saudades

Rodrigo Rodrigues e sua marcante passagem pelo Vitrine, da TV Cultura

O apresentador teve duas marcantes passagens pela importante atração

Publicado em 28/07/2020

Rodrigo Rodrigues era um festejado jornalista esportivo do SporTV. Dividindo-se entre o Troca de Passe e eventuais aparições no Globo Esporte, onde tornou-se o substituto de Felipe Andreoli, o apresentador esbanjava simpatia e conhecimento no trato do mundo da bola. Estava em casa, era evidente.

No entanto, a contribuição de Rodrigo Rodrigues para a televisão brasileira é muito maior. Afinal, o jornalista teve seu primeiro trabalho de destaque no Vitrine, importante programa sobre mídia e bastidores, e que faz muita falta na grade da TV Cultura. Ele passou a integrar o time da atração em 2001, quando o programa era apresentado por Marcelo Tas.

Era uma época muito feliz na história do Vitrine. Ao vivo, Tas recebia convidados e debatia assuntos referentes a mídia e tecnologia. Ao seu lado, uma dupla que ficaria conhecida por alguns (carinhosamente) de “dois do fundão”, já que eles se posicionavam ao fundo do cenário, onde faziam comentários e interagiam com a audiência. Eram Fernanda Danelon (ótima!) e Rodrigo Rodrigues.

Além de darem suporte a Tas, ambos comandavam reportagens. E era com o microfone do Vitrine nas mãos que Rodrigo se destacava, cobrindo bastidores e comandando entrevistas, sempre com um jeito descontraído, conversado mesmo, mas sempre cheio de conteúdo. De uma maneira que deixava seus convidados à vontade, e se aproximava do público de um jeito único.

Rodrigo Rodrigues deixou o Vitrine em 2004 e, depois, aventurou-se como repórter em programa de fofocas. Bateu ponto no lendário Programa Cor de Rosa, de Silvia Abravanel e Décio Piccinini no SBT, e também no De Olho nas Estrelas, de Leão Lobo, na Band. Sempre mantendo intacto seu jeito descontraído e sua incontestável credibilidade.

A volta ao Vitrine

Mas foi em 2005 que Rodrigo Rodrigues apareceu de vez: retornou para a TV Cultura e se tornou apresentador do Vitrine, ao lado de Sabrina Parlatore. Foi mais uma fase feliz da atração, que se destacou, sobretudo, na cobertura aos bastidores da televisão. A dupla apresentava, mas também fazia reportagens. Fizeram excelentes entrevistas com artistas e profissionais de mídia.

Nesta fase, Rodrigo também mostrou na TV seu lado músico. Era comum Sabrina cantar ao fim de cada programa, mostrando a bela voz que, depois, a consagraria em participação no Popstar, na Globo. Ele a acompanhava, com um violão a tiracolo. Eram momentos simpáticos que, mais uma vez, aproximaram Rodrigo do grande público.

Rodrigo, aliás, fez parcerias vitoriosas na TV. Além de Fernanda Danelon, sua parceira na primeira passagem pelo Vitrine, e Sabrina Parlatore, companheira na segunda vez, Rodrigo dividiu a cena com nada menos que Maju Coutinho. Foi em 2006, quando assumiu o comando do jornal Cultura Meio Dia. Eram eles os âncoras da atração, chamando as notícias com a mesma descontração de sempre. Durou menos de um ano, mas os espectadores fiéis do canal se lembram bem.

Jornalismo cultural e esportivo

Com o fim desta fase do Vitrine, Rodrigo Rodrigues ainda emplacou outro programa sobre cultura, o 5 Discos, na Gazeta. Depois, enveredou de vez no jornalismo esportivo, com passagens também pela ESPN e Esporte Interativo. Na Globo/SporTV, vivia um momento de ascensão.

Rodrigo Rodrigues faleceu nesta terça-feira (28), aos 45 anos. A TV brasileira perde mais que uma figura simpática: perde um grande profissional, de imensa e relevante contribuição.

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