O SBT leva ao ar na noite desta terça (4) o último capítulo de Betty, a Feia em NY. Protagonizada pelos mexicanos Elyfer Torres e Erick Elias, a releitura da obra original de Fernando Gaitán só não teve melhor desempenho por que a grade do SBT não colaborou – pra variar.
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Betty estreou no dia 20 de janeiro, quando a emissora já cambaleava com seus programas, todos eles enfraquecidos devido às férias de final de ano. Como se sabe, o canal foi o primeiro a sair de recesso em 2019 e o último a voltar em 2020.
E quando voltaram, logo foram barrados pela pandemia que paralisou toda a indústria. Mas isso não é justificativa, uma vez que a emissora poderia muito bem ter trabalhado melhor sua divulgação, o que dificilmente ocorre em se tratando de enlatados.
Embora a vinda da atriz ao Brasil tenha surpreendido a todos, uma vez que ela não era popular em nosso país, foi uma grata surpresa sua passagem por aqui, visto que o número de fãs que se movimentou foi bem interessante e colaborou para a divulgação da novela.
Elyfer Torres rodou a programação do SBT e participou de programas de rádio, jornais, revistas, sites e até outros canais de TV.
Contudo, Betty, a Feia em NY sai de cena deixando saudades em muitos telespectadores do SBT carentes de uma produção de tamanha qualidade em vários aspectos, porém, sendo alívio para outros, diga-se os fãs de novelas mexicanas que resistentes a folhetins off-Televisa (uma grande bobagem).
A trama que chegou para substituir a reprise de Abismo de Paixão agora abre espaço para Quando Me Apaixono brilhar sozinha. Betty reportou debates importantes que passaram batidos aos olhos dos brasileiros como o empoderamento feminino, racismo, classismo, dependência química e questões da cultura afro-latino-americana.
Nada disso virou pauta nos veículos, tampouco no próprio SBT, que não tem tradição em crossmedia nem programa à altura para sustentar este tipo de assunto. Betty foi adquirida pelo SBT com todo seu material de bastidores, mas pouco disso foi utilizado.
Não bastando, a emissora deu uma verdadeira canseira no público há mais de um mês, quando diminuiu para menos da metade o seu tempo de arte. Explicação para tal? Adequação de grade.
O Kantar Ibope informa o Observatório da TV que Betty, a Feia em NY fecha seu ciclo com 6,5 pontos de audiência na Grande São Paulo, o mesmo da antecessora Abismo de Paixão.
Mas, se por um lado o SBT não valorizou mais um de seus produtos, por outro lado ele se tornou destaque de buscas da gigante do streaming, a Netflix, posicionando-se em alta várias vezes durante a transmissão no Brasil e o top 5 entre os meses de junho, julho e agosto.
Considerando o histórico completo de suas antecessoras, Betty, a Feia em NY superou o desfecho de outros outros títulos. A saber: as reprises de Carrossel (6,3), A Usurpadora (7,8), A Feia Mais Bela (6,6), Por Teu Amor (4,8), No Limite da Paixão (reprise) (5,4) e O Privilégio de Amar (reprise) (4,9)…
Um Caminho Para o Destino (6,9), Meu Coração é Teu (7,8), A Dona (7,2), Amanhã é Para Sempre (7,3), O Que A Vida Me Roubou (6,7) e A Gata (8,2), Teresa (reprise) (5,9), Que Pobres Tão Ricos (5,5), A Que Não Podia Amar (8,0).
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