Entrevista

Desafiada pela Band, Adriana Araújo aposta alto na dinâmica urbana de São Paulo em telejornal

Jornalista adotará a informalidade para aproximar o espectador da notícia

Publicado em 04/04/2022

Por meio da informalidade, Adriana Araújo levará ao público da Band, a partir de hoje e sempre de segunda a sexta, às 14 horas, todas as sensações e impactos da capital paulista. A emoção do ao vivo, contudo, será combustível para a jornalista com três décadas de atuação potencializar esse DNA da emissora na faixa da tarde.

Nascida em Itabirito, Minas Gerais, Adriana foi do jornalismo impresso para a televisão rapidamente – um caminho profissional que a direcionou naturalmente (e sem muitas curvas) para a cidade São Paulo.

Agora, 15 anos após desembarcar na 4ª maior metrópole do mundo e depois atuar em Brasília e também internacionalmente como correspondente em Nova York, além cobrir fatos históricos no Chile, Japão e em Londres, ela conta em entrevista à coluna sobre o desafio da retomada em uma nova emissora, com telejornal ao vivo e a notícia em tempo real.

Adriana Araújo comanda do Boa Tarde, São Paulo
Adriana Araújo comanda do Boa Tarde São Paulo na Band Foto Tatiane MorenoBand

“Vamos fazer jornal sem teleprompter e isso é o que eu sempre fiz nos grandes plantões jornalísticos. A prioridade do Boa Tarde São Paulo é essa: levar ao telespectador tudo que for relevante no começo da tarde. O fato de ser um jornal mais solto não vai nos tirar o foco do que é mais importante: a notícia.

Há muito tempo defendo que esse é o caminho, estar mais perto do público, mesmo nos telejornais do horário nobre. E acho que é a tendência“, analisa ela, que agora se dividirá entre a TV e a BandNews FM, onde apresenta o Entre Nós.

Existe ou não amor em SP?

Nas chamadas do Boa Tarde, São Paulo, Adriana Araújo surge em pontos famosos da cidade destacando algumas características que fazem dela uma atração urbana como poucas: “Chove, faz sol, tem tempestade, é dinâmica, mas também para”.

Desse modo, será que a São Paulo hostil cantada por Criolo em “Não Existe Amor em SP” também se encaixa na visão de Adriana Araújo? Em nosso questionamento sobre suas vivências, emoções e os enfrentamentos profissionais e pessoais, a jornalista eleva a moral da cidade.

Adriana Araújo
Onde o telespectador falar que a gente precisa estar presente para registrar alguma situação nós estaremos avisa a jornalista Foto Tatiane MorenoBand

São Paulo e suas fortes emoções. Já vivi muitas, viu? Do trânsito travado a ficar presa em alagamento sem conseguir chegar ao trabalho, quem nunca passou por situações assim na metrópole?

Mas, além desses desafios, São Paulo é também lugar de oportunidade para tanta gente que vem de fora e eu faço parte desse grupo. Eu e minha filha viemos para cá em 2006.

Giovanna nasceu com uma síndrome ortopédica rara e precisava passar por várias cirurgias. E deu certo! São Paulo é a cidade onde encontrei a cura da minha filha, onde a vi crescer e caminhar“, conta ela sobre os momentos desafiadores de sua vida que renderam o livro Sou a Mãe Dela.

E deu certo! São Paulo é a cidade onde encontrei a cura da minha filha, onde a vi crescer e caminhar. E, profissionalmente, tive grandes oportunidades aqui: me tornei âncora de TV, saí daqui para ser correspondente… São Paulo faz parte da minha história. Terei um caso de amor eterno com essa cidade“.

Adriana Araújo escreveu o livro Sou a Mãe Dela
Adriana Araújo escreveu o livro Sou a Mãe Dela Reprodução Instagram

Confira a entrevista completa com Adriana Araújo!

CS- O “Boa Tarde, São Paulo” vai pegar um público masculino muito grande neste horário, que é o espectador de futebol. A sua maneira tradicional de comandar um telejornal será a mesma que conhecemos ou veremos uma Adriana Araújo mais performática, mais solta no ar, talvez a fim de manter este perfil de espectador?

AA – “Eu diria uma Adriana mais natural, mais de verdade, sabe? Que conversa com o público, que erra, que pode sorrir, que conta as notícias em vez de ler as notícias. O formato mais tradicional a que você se refere é um padrão de telejornais em horário nobre que todas as TVs ainda seguem.

Mas, há muito tempo, queria mudar, fazer de um jeito mais próximo do telespectador, com uma linguagem mais dinâmica, mais solta, sem perder o respeito às notícias e às pessoas. Esse é o desafio: construir essa nova conexão com o público, sem abrir mão da credibilidade”.

CS – Você já se sente em casa na Band? Quais as primeiras impressões você tem da emissora e da marca que é o jornalismo da Band?

AA – “Fui muito bem recebida por todos, a empresa é muito afetuosa, respeitosa com quem chega. Os colegas super prestativos, todos querem ajudar, oferecem apoio. Isso foi muito bacana. E a equipe toda tem um senso de responsabilidade com a notícia muito forte.

Acredito que isso vem da história, da cobertura das eleições e vem do mestre, Fernando Mitre. Ele é um farol para a redação. Nos momentos mais difíceis, sei o quanto ter um chefe assim é essencial.

Mas para me sentir em casa mesmo preciso estar no ar, contribuir para o time, sabe? Por isso estou muito feliz que o Boa Tarde São Paulo está ficando pronto. Minha história na Band está só começando, mas sinto que vai ser muito bonita. Tomara!”

CS – Você recebeu o projeto do “Boa Tarde” já pronto ou participou da elaboração dele também? Apresente-nos.

AA – “Recebi a proposta de fazer um jornal no meio do dia, numa nova faixa de jornalismo que a Band quer criar, oferecendo ao público a dobradinha já consagrada: esporte + notícia. E que fale de toda a Região Metropolitana e não apenas da capital.

A Região Metropolitana de São Paulo é um país dentro do Brasil. Tudo o que acontece aqui repercute e não podemos esquecer dos enormes desafios e da força que essa metrópole tem. Esse é o DNA do projeto.

Agora os detalhes estamos construindo em equipe, com editores, produtores, repórteres, toda equipe da cenografia, figurino, maquiagem… É muita gente envolvida.

E o Boa Tarde São Paulo vai ser feito também com a participação do público, com opiniões, sugestões de reportagens, críticas. A interatividade com o telespectador será essencial para o sucesso do projeto“.

CS – E o “Entre Nós”? Como têm sido essa experiência multiplataforma pela BandNews FM Aparentemente você está bastante à vontade, além de poder transitar muitas vezes em temas mais diversos, brincar, ter uma conversação com o público.

AA – “Entre Nós é o nome de um blog que tive há muito tempo. E, quando veio o convite da BandNews FM, não tive dúvidas de que era o programa que eu queria fazer. Tem que ser ‘Entre Nós’, tem que ser uma conversa com o público, tem que fazer sentido para quem apresenta e para quem ouve.

Tem que ser genuíno. A experiência do rádio é extraordinária, mas ainda estou engatinhando. No dia da estreia me emocionei bastante.

Acho que me lembrei do quanto gostava de ouvir o Boechat, de quanto a voz pelas ondas do rádio chega ao coração das pessoas. É uma honra fazer parte do time BandNews FM. E uma alegria muito grande estar de volta na TV”.

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