
A atriz Zezeh Barbosa, de 60 anos, falou sobre o seu novo papel nas telinhas como Gláucia Corneteira na novela Fuzuê, obra de Gustavo Reiz que sucederá Vai na Fé no horário das 19h00 da TV Globo. Em entrevista ao site da jornalista Heloisa Tolipan, a artista também abriu o jogo sobre a novela A Lua Me Disse (2005), trama de Miguel Falabella que foi acusada de racismo por abordar duas personagens trambiqueiras que renegavam a própria negritude.
Veja também:
- Camila Pitanga relembra sucesso de Bebel em Paraíso Tropical: "Personagem icônica da minha vida"
- Virginia Fonseca revela detalhes de seu programa no SBT: "Oportunidade que sempre sonhei"
- Equipe de Lucas Souza se pronuncia sobre acusação de Jojo Todynho, e Gil do Vigor nega ter sido amante: "Não faço nem ideia"
“Eu mesma não admitiria que rissem de minha negritude. Em 2005, tudo ainda era muito carregado de preconceito. Whitney (Mary Sheyla) e Latoya elas chutam mesmo o pau da barraca e tacam fogo. Chamam um personagem negro por Asfalto, por exemplo. Eu tinha a consciência de que era uma crítica e defendi [Miguel Falabella, o autor] tão quanto foi possível”, disse a atriz, que interpretou a personagem Latoya na trama.
Zezeh Barbosa também defendeu o autor Miguel Falabella sobre as acusações de racismo por conta da abordagem de Latoya e Whitney em A Lua me Disse e enfatizou que a trama das personagens queria cutucar o comportamento humano.
“Miguel conversou conosco, tanto comigo como com Mary Sheyla. A meu ver, infelizmente, e por muito tempo, Falabella foi muito mal compreendido. Eu nunca diria que ele é racista, pelo contrário, ele é muito consciente. Jamais pensaríamos em destruir o amor próprio de ninguém. Estávamos falando de duas mulheres ridículas – Whitney e Latoya – sem noção da própria raça e origem e que não se aceitavam. Usávamos, inclusive, termos que os próprios racistas usavam. De uns anos pra cá as coisas têm evoluído”, analisou a estrela.

Já sobre o seu novo papel nas telinhas, a estrela revelou a hipocrisia de sua personagem defensora dos bons costumes na frente das pessoas mas totalmente contraditória por trás delas. “Quando ninguém está olhando ela canta todos os homens da novela, dá uns beijinhos e apela para uma mão boba. É meio tarada e totalmente mentirosa. A arqui-inimiga dela é uma cantora de boate, a Maria Navalha (Olívia Araújo) que vive a vida do jeito que quer. Dela, a Gláucia tem um recalque, pois inveja quem vive livremente”, contou Zezeh Barbosa.