Nova temporada de Cidade dos Homens: Por onde andam Laranjinha e Acerola?

Publicado em 02/01/2017

Uma amizade que marcou época. Uma parceria que superou todas as dificuldades. E uma história que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar. Na nova temporada de ‘Cidade dos Homens’, minissérie em quatro capítulos que estreia dia 17 de janeiro de 2017, na Globo, o passado e o presente se entrelaçam para contar a história da inseparável dupla de amigos Laranjinha (Darlan Cunha) e Acerola (Douglas Silva). Doze anos depois, as novas aventuras da dupla foram escritas por George Moura e Daniel Adjafre, com direção de Pedro Morelli e coprodução da O2 Filmes. Na minissérie, episódios emblemáticos das outras temporadas do seriado serão reapresentados, mesclados com uma história inédita, vivida nos dias de hoje. O público poderá resgatar todo o histórico da amizade entre Laranjinha e Acerola e acompanhar os dramas que hoje movem a dupla.

“Tínhamos dois grandes atores, dois grandes personagens, e a gente se perguntava o que teria acontecido com eles. Com uma história tão interessante, por que não revisitar? Ficamos pensando na melhor maneira de voltar a essa história e escolhemos recontá-la através da reexibição de episódios marcantes, que mostrassem o processo físico de envelhecimento deles e, ao mesmo tempo, nos ajudassem a contar a nova história. Assim, o público poderá matar a saudade e conhecer um novo Laranjinha e um novo Acerola”, afirma George Moura.

O seriado, que marcou época na televisão – foram quatro temporadas, exibidas de 2002 a 2005 – coleciona prêmios e fãs. A produção foi indicada ao Emmy Award em 2005 e rendeu um filme, lançado para o cinema, em 2007. “‘Cidade dos Homens’ foi um marco na TV. Na época, era um produto original, inovador. Então é um privilégio para nós podermos continuar essa história com personagens tão ricos e fantásticos depois de tanto tempo. Aqueles dois moleques, que eram irresponsáveis e aprontavam, agora estão vendo os filhos passarem por situações semelhantes. Porém, como adultos, precisam conduzi-los no caminho certo. O público pode esperar uma continuação e um reencontro com aqueles dois garotos. É uma história que inspira”, enaltece Daniel Adjafre.

Por onde andam Laranjinha e Acerola

O poder do tráfico de drogas e a falta de dinheiro. A distância entre a favela e o asfalto e o dia a dia em uma comunidade. Na trama, Laranjinha (Darlan Cunha) e Acerola (Douglas Silva) se deparam com dilemas e desafios típicos de uma vida adulta. Mais velhos, os dois agora têm filhos: Davi (Luan Pessoa) e Clayton (Carlos Eduardo Jay), uma duplinha animada que segue os passos, a amizade e a parceria de seus pais.

A nova trama narra a luta de Laranjinha (Darlan Cunha) para salvar o filho Davi (Luan Pessoa), após descobrir que ele tem uma grave doença. Mesmo contando com a ajuda e apoio do inseparável amigo Acerola (Douglas Silva), e de seu filho Clayton (Carlos Eduardo Jay), ele percebe que, sem dinheiro e dependente da saúde pública, a batalha pela vida de seu filho não será nada fácil. Diante das circunstâncias, Laranjinha põe em cheque a razão, a emoção e suas convicções. Até sua amizade com Acerola será colocada à prova enquanto ele tenta encontrar uma saída para resolver o maior dilema que a vida lhe trouxe. Davi e Clayton, dois meninos que cresceram na comunidade e que mantêm o laço de amizade criado por seus pais, também se veem em busca de uma solução rápida e eficaz. E precisam enxergar, em meio a tantas privações e oportunidades duvidosas, uma oportunidade de salvar Davi.

“Essa temporada vai permitir ao público se reencontrar com o carisma de Darlan e Douglas e se divertir bastante ao conhecer os filhos de Laranjinha e Acerola. Mas, ao mesmo tempo, há uma carga dramática muito forte, uma sucessão de fatos conflituosos que irá tirar do equilíbrio a vida desses amigos. Temos aventura, tensão, drama e a leveza da relação entre pais e filhos. A volta da série traz uma história poderosa que vai envolver a todos”, acredita Pedro Morelli, diretor-geral da minissérie.

Protagonistas da minissérie, os atores estão felizes com o retorno da dupla. “Sou parado nas ruas por pessoas de 25, 30 anos, que dizem que cresceram assistindo a gente. A série é tão boa que transcendeu gerações. Marcou demais porque não havia nenhuma outra produção que abordava esse assunto na época”, enaltece Douglas Silva. Já Darlan Cunha acredita que a expectativa é maior por parte de quem nunca assistiu ‘Cidade dos Homens’. “O público está muito curioso pra saber o que a gente está aprontando”, conta o ator.

Agora, em dias atuais, Acerola (Douglas Silva) se divide entre os momentos em família – além de ser pai de Clayton, a esposa Cristiane (Camila Monteiro) espera mais um filho – e o trabalho como gerente de lanchonete. Essa rotina confere a ele um visual mais simples e moderado. Já Laranjinha (Darlan Cunha), embora também seja pai, faz um tipo mais garotão e despojado na forma de se vestir. “Acerola usa muita camisa polo, que representa uma unanimidade para quem precisa se vestir de forma mais sóbria. Já o figurino de Laranjinha, que tem estilo de vida mais jovem, anda de moto, é composto de muita camiseta esportiva e bermuda”, explica a figurinista Rô Gonçalves, que optou em vestir os filhos de Laranjinha e Acerola de forma parecida com os pais. “Adaptamos o figurino de acordo com a idade, mas de forma geral ficou muito parecido”, conta a figurinista.

Nesse retorno de ‘Cidade dos Homens’, Acerola (Douglas Silva) continua morando na comunidade, mas Laranjinha (Darlan Cunha) vive em um conjunto habitacional. O apartamento dele tem muita bagunça acumulada, e predominam cores neutras nos ambientes. Já a casa de Acerola (Douglas Silva) é mais arrumada e colorida. “Tentamos ser o mais fiel possível à realidade de vida dos personagens. Quando tem mulher em casa normalmente a estrutura funciona melhor”, constata a produtora de arte Eugênia Makaaroun.

Já no corte de cabelo, Laranjinha e Acerola estão parecidos. “O Douglas tinha dreadlocks e Darlan, os cabelos cacheados. Preferimos deixar curto para dar um ar de mais maturidade aos dois, que agora são pais”, explica a caracterizadora Carmen Bastos.

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