LGBTQIA+

Linn da Quebrada abre o coração para Naiara Azevedo no BBB 22: “Ser travesti me liberta”

Artista comenta sobre situações de transexuais e travestis brasileiras

Publicado em 05/02/2022

Naiara Azevedo já incomodou alguns participantes do BBB 22 sobre suas perguntas sobre minorias. Porém, Linn da Quebrada teve paciência com a sertaneja e explicou a situação das travestis e transexuais brasileiras, principalmente com relação ao preconceito que sofrem.

“Qual a diferença de travesti e trans?”, questiona a sertaneja e a artista responde, assumindo que não é uma tarefa fácil: “Essa é uma pergunta complexa, sabia? Ao meu ver, tem mais aproximações do que diferenças, a travesti é uma identidade latino-americana brasileira. A travesti é uma coisa brasileira mesmo. Quando eu penso nas diferença entre travestis e mulheres trans, uma está no local social e político mais marginalizado”.

Ainda respondendo à Naiara Azevedo, diz que as travestis são mais marginalizadas e continua: “E a trans, a transgeneridade, nasce quase de um olhar médico, sobre os nossos corpos, isso é como nasce, não necessariamente como está, como foi denominado a partir desse olhar médico. Nasce deste lugar, mas isso também foi se transformando durante os anos, quando as pessoas tomam pra si e constroem sentidos, pra essa identidade”.

Vale lembrar que somente recentemente a transexualidade deixou de ser um transtorno de personalidade pelo olhar médico, representando uma vitória da população LGBTQIA+. Dessa maneira, a comunidade médica assume que a pessoa já nasce transexual e que não deve haver terapias pois não existe cura para o que não é doença.

Linna ainda revelou como foi libertador se assumir travesti no Brasil. Infelizmente, o país é o primeiro no ranking mundial que mais mata transexuais e travestis: em 2020 aproximadamente 175 mil LGBTQIA+ mortos por crimes de gênero: “Há uma construção do gênero, que aprisiona quase todas nós, por isso, pra mim, ser travesti me liberta, porque é quando eu posso ser, o que eu quiser ser, eu não preciso nem necessariamente, querer parecer ser uma mulher cisgênero”.

Eu posso querer parecer comigo, investigar o meu corpo, onde o meu corpo pode chegar e onde eu quero chegar com o meu corpo”, finaliza a artista e Naiara Azevedo fica tocada com as palavras de Linn da Quebrada: “Que lindo isso hein, amiga!”.

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