Na Ilha do Marajó, a maior do Brasil, destaca-se o município de Soure (PA), onde o número de búfalos supera a população humana. São cerca de 358 mil moradores contra 376 mil bubalinos, que podem ser vistos em meio ao trânsito, pastando nas calçadas ou no campo de futebol. É na zona rural, entretanto, que esses animais fizeram uma revolução: fornecem a matéria prima do queijo do Marajó, o cartão-postal mais famoso da ilha.
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O ‘Globo Rural’ deste domingo, dia 6, vai até a região para conhecer como é o método de produção desse queijo e mostra como a legislação transformou a realidade dos pequenos produtores. Segundo a reportagem de Hellen Martins, o produto estava proibido de ultrapassar os limites da ilha até 2013, quando foi criada uma norma sanitária específica para produtos artesanais.
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O selo de certificação exige uma série de adequações, como higiene e tratamento dos animais, além de permitir a venda do queijo do Marajó para todo o estado do Pará. A conquista permitiu que os produtores certificados da ilha produzissem até 55 toneladas de queijo só no ano passado. “Um dos produtores que conheci foi Prudêncio, um queijeiro que aprendeu o ofício com o tio”, conta Hellen Martins.
“Até muito pouco tempo atrás, sem regulamentação, ele tinha que vender o queijo escondido para Belém. Depois, ele se adequou e conseguiu a certificação. As vendas melhoraram entre 70% e 80% e aí passou a vender sem medo. A família já conseguiu construir uma casa maior e até reformou a queijaria. O filho tem intenção de continuar na atividade”, explica.
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O sucesso do queijo do Marajó conquistou até grandes chefs da culinária nacional. O programa conversa com Thiago Castanho, paraense que utiliza o produto em receitas como panna cota e o tradicional pão de queijo. O ‘Globo Rural’ vai ao ar aos domingos, depois de ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’.