Entrevista

Estreante em Mestre do Sabor, Rafa Costa e Silva fala das dificuldades: “Foi um pouco intimidador”

O chef revela suas expectativas para a grande final do programa

Publicado em 22/07/2020

Nesta quinta-feira (23), a Globo exibe, ao vivo, a final da segunda temporada de Mestre do Sabor. Ana Zambelli, Dário Costa, Júnior Marinho e Serginho Jucá competem em busca do título de mestre, sempre sob a batuta de seus chefs.

E esta final tem um sabor a mais para Rafa Costa e Silva, que entrou com o programa em andamento. Por conta da pandemia, José Avillez precisou voltar à Portugal, e o novo chef assumiu seu time. Na entrevista abaixo, ele fala deste e dos demais desafios da temporada.

Expectativa x realidade. Como foi para você participar desta segunda temporada de Mestre do Sabor?

Eu nunca tinha me imaginado fazendo um programa de televisão, ainda mais televisão aberta, algo tão grande. Nunca tinha me visto fazendo algo assim, então para mim foi uma surpresa primeiro quando me convidaram, depois com o formato, a forma, a honestidade e toda a maneira como o programa é feito, foi uma surpresa muito boa. Eu não esperava que fosse algo tão grande, bonito, emocionante, divertido. Não imaginava que eu pudesse gostar tanto, que eu ia me divertir tanto, que faria tantos amigos. Para mim, foi uma surpresa maravilhosa.

Quais os principais desafios que enfrentou, chegando com a temporada iniciada, com mestres que já haviam participado da primeira?

O principal desafio para mim é que sou uma pessoa muito tímida. Nunca tinha ficado na frente de tantas câmeras, com uma produção enorme, cenário enorme, cozinha enorme… Foi um pouco intimidador. Mas as pessoas me receberam tão bem, foram tão legais, simpáticas, carinhosas, que isso durou um dia. Eu vejo a minha performance muito diferente do primeiro programa gravado até agora. Por natureza, sou uma pessoa tímida, mas estou mais falante depois disso tudo. Eu era muito amigo da Katia e do Claude e tê-los lá foi muito acolhedor para mim.

Agora, sabendo como as provas acontecem, teria feito algo diferente?

Faria algumas coisas diferentes (risos). Na competição, queria que os cozinheiros fizessem o que eles quisessem e eu estaria ali para dar um suporte. Hoje eu vejo que poderia ter feito mais, ensinado mais, mostrado mais coisas. Passou e eu não fiz. Agi como no meu restaurante onde todos os pratos são diferentes um do outro porque os cozinheiros empratam do jeito que eles sentem que deve ser. Seguem o feeling deles.

Eu estou ali mais para dar um suporte. Eu acho que estilo cada um tem que ser o seu e o papel do Mestre seria orientar. Atuei dessa maneira. Mas hoje talvez eu participaria mais ao decidir menu, por exemplo. Para ensinar mais, mostrar mais técnicas. Sabor é uma coisa muito particular e eu preferia não decidir por eles essas coisas. Mas não levei muito pelo lado da competição entre os mestres, mas entre os chefs.

Em muitos momentos, vimos que o que diferenciava a qualidade dos pratos eram pequeníssimos detalhes. Na sua opinião, isso diz algo sobre o nível da disputa?

Nível altíssimo. São chefs, pessoas que têm restaurantes, dão aula, fazem consultoria, foram chefs em outros restaurantes. Nível de pessoas que estão no mercado, super alto, pessoas que foram chefs em eventos enormes, como a Ana, ou que têm restaurantes super respeitados, como Jucá. O Kaywa, que foi chef fora do país. Todos têm técnicas apuradas. Isso foi até um dos motivos pelo qual eu não entrei muito a fundo nos pratos que eles desenvolviam, porque são pessoas que têm o paladar formado, muitas técnicas dominadas.

O programa repercutiu na sua vida profissional, desde sua estreia?

Bastante. Nas redes sociais, vi dobrar o número de seguidores. Muitas pessoas estão mandando mensagem, principalmente nas quintas, quando o programa vai ao ar. Acabou pegando a gente num momento ruim com os restaurantes fechados. Mas estou fazendo delivery e muitas pessoas falam sobre o programa comigo, então vejo que influenciou bastante.

Qual foi o momento mais emocionante do programa para você?

A saída de todas as pessoas do meu time foi emocionante.

Quais suas expectativas para a final?

Eu espero que ganhe o melhor e espero que eu não fique tão nervoso, espero que eles não fiquem nervosos também. A expectativa para a final é alta. Espero que a gente prove coisas maravilhosas como temos provado até agora. Espero que as pessoas respeitem os produtos, a forma de cocção dos produtos, que não desperdicem muita coisa, que não tentem fazer nada mirabolante. Que acima de tudo, respeitem os produtos. Eu prefiro mil vezes o formato de uma batata na forma que ela é do que uma batata torneada. Para mim, isso é respeitar o produto. Se for para servir ela cozida, que seja no formato dela.

Sobre a final ao vivo, vai ser minha primeira vez. Muitas pessoas assistindo, R$250 mil em jogo… A gente está, literalmente, influenciando no futuro das pessoas. O valor é ótimo e tenho certeza que será bem aproveitado pelo vencedor, mas o respeito que a pessoa vai ter no mercado é inimaginável. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Mestre do Sabor é um formato original Globo, com direção artística de LP Simonetti e direção geral de Aida Silva. A etapa final da segunda temporada do reality gastronômico será nesta quinta-feira, dia 23, após Fina Estampa. O programa também será exibido no GNT, na sexta-feira, às 22h.

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