Dono de umas das agências de modelos mais conceituadas no mercado, Marcus Panthera não gostou nadinha do que foi abordado pelo autor Walcyr Carrasco, em Verdades Secretas, da Globo, quando a novela foi ao ar em 2015.
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Dono da Mega Models, Marcus foi um dos primeiros e mais famosos modelos masculinos brasileiros nos anos 70 e 80 e depois abriu seu próprio negócio, onde trabalhou com nomes de peso da moda como Shirley Malmann, Carol Francischini, Fabiana Saba, a global Letícia Birkheuer, Isabela Fiorentino e Valentina Zeliaeva, entre outras.
Ele fez duras críticas a novela Verdades Secretas, que tem como enredo o submundo das passarelas, mostra o lado obscuro da profissão de modelo e o suposto funcionamento das agências, que além de agenciar meninas para desfiles e sessões de fotos, também promovem o book rosa, uma espécie de agenciamento de garotas de programa de luxo.
Em entrevista ao jornalista Ricardo Feltrim, em 2015, Marcus, que também é irmão de Monique Evans, afirmou que Verdades Secretas é uma “ofensa a todos os profissionais sérios do mundo da moda”.
“A novela cria estereótipos que só prejudicam as agências e depõe contra profissionais sérios – tanto empresários como modelos”, disse.
Marcus criticou ainda o autor Walcyr Carrasco. “Nós lutamos para acabar com esse estereótipo idiota, que só existe no Brasil, aliás, de que modelo masculino é sempre gay, e que as modelos são sempre prostitutas. Aí vem esse velhaco (Carrasco) nos afrontar com esses absurdos.”
A central de comunicação da Globo (CGCom) respondeu às críticas do empresário e disse que “as novelas são obras de ficção sem compromisso com a realidade, como registramos ao final de cada capítulo. Ao recriar livremente situações que podem ocorrer na vida real, a dramaturgia busca apenas tecer o pano de fundo para suas histórias, nunca com a intenção de ofender qualquer categoria profissional”.