A atriz Regiane Alves, de 44 anos, que interpreta Clara na novela Vai na Fé, abriu o jogo sobre a representatividade da sua personagem para a comunidade LGBTQIA+ e analisou a importância deste papel para a sua carreira. Em entrevista ao site da jornalista Heloisa Tolipan, a artista também repercutiu as cenas vetadas pela TV Globo dos beijos ‘Clarena’ e destacou o empoderamento de Clara depois de passar por um casamento abusivo.
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“Essa personagem já pode ser considerada uma das mais populares que fiz. Outro dia contabilizei uns 300 fãs-clubes Clarena. Elas representam uma comunidade (LGBTQIA+) que muitas vezes não tem seu amor naturalizado na dramaturgia, contra todo preconceito. Além disso, a Clara sofreu muito em uma relação abusiva, deu uma virada, e isso gerou identificação com quem assiste”, analisou a atriz.
Regiane Alves também repercutiu a revolta dos telespectadores nas redes sociais sobre os beijos de Clara e Helena (Priscila Sztejnman) vetados pela TV Globo de ir ao ar.
“É uma coisa que não dá para acreditar que ainda aconteça. Gravamos algumas cenas que tinham beijo, e não foram ao ar, até que uma pudesse ir. Nossa campanha, a torcida do público, foram fundamentais. É naturalizar o amor, só isso. São pessoas querendo se fazer bem. Helena desperta o melhor que a Clara tem, e ela vai se enxergando mais, se sentindo mais forte, mais segura. Não sei se vamos conseguir dar um final para a Clara. É uma personagem que ainda está em movimento, transformação”, disse ela.
Por fim, a artista analisou a trajetória de sua personagem na história escrita por Rosane Svartman e afirmou que aprendeu diversas questões sociais com o seu atual papel.
“Clara me mostrou, mais uma vez na minha vida, que a nossa felicidade, autoestima, nunca pode estar nas mãos de outra pessoa. Esse caminho é só nosso. E essa redescoberta pode acontecer em qualquer idade. A personagem acabou abraçando algumas causas, como a representatividade da comunidade LGBTQIA+, e também um olhar para as relações abusivas”, completou Regiane Alves.