Rafael Losso, o Zé Victor de O Outro Lado do Paraíso, fala sobre final do personagem: “Ele vai cair do cavalo”

Publicado em 27/04/2018

O ator Rafael Losso, o Zé Victor, de O Outro Lado do Paraíso, da Globo, teve uma das maiores oportunidades da carreira na trama. Surgiu ao longo do folhetim como um dos coadjuvantes de maior destaque ao se aliar à vilã Sophia, interpretada por Marieta Severo.

Por falar na veterana, Losso se diz muito agradecido por poder contracenar com a talentosa atriz. Em entrevista exclusiva ao Observatório da Televisão, ele contou detalhes sobre essa experiência, de atuar no maior produto da televisão brasileira.

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Perguntado sobre o que vem pela frente na trama de Walcyr Carrasco, Losso, logo, pontuou que não revelaria detalhes para manter o suspense, mas garantiu que Zé Vcitor vai cair do cavelo. Também no bate-papo, ele contou sobre as possibilidades na carreira, como a de trabalhar em outro país e fez uma avaliação objetiva da sua trajetória como ator. Confira.

Essa virada que aconteceu com o seu personagem era esperada?

“Eu já imaginava que vinha. Todo mundo adorava o Zé Vcitor e agora todo mundo está com raiva dele. Acho que o ator adora a ação, em si, não importa se é mocinho ou vilão. Vida de ator é difícil, nem sempre o personagem acontece. E quando acontece a gente fica feliz.”

Ele já viu que a Sophia não é de brincadeira. Você acha que ela pode dar uma tesourada nele?

“Eu acho que não. Apesar de não parecer, o Zé Victor é muito inteligente.”

O que você acha desse amor dele pela doutora? Até agora ele não deu o braço a torcer…

“O Zé é orgulhoso, mas está na cara que ele é apaixonado por ela. Acho que mais do que a Tônia, ele gosta do filho que vem por aí, ele é capaz de fazer tudo por ele.”

Você acha que ela gosta dele mesmo ou é uma falsidade?

“Acho que agora ela já se entregou a esse amor meio clandestino.”

O que vem pela frente?

“Não vou adiantar nada, quero que todo mundo assista. Vai ter muita confusão.”

Como está sendo a parceria com a Marieta Severo?

“Eu só tenho a agradecer. A Marieta é uma ótima parceira. Ela é uma profissional excelente, além de ser uma pessoa que eu sempre admirei.”

Você achava que o Zé Victor poderia “não acontecer”?

“A gente sempre torce. Fazer o Zé Victor foi uma surpresa atrás da outra e quando eu vi, já estava no meio de um furacão.”

O assédio aumentou?

“O Zé Victor é aquele atrapalhado que as pessoas pegam carinho. Ele é um cara muito humano, que se atrapalha com o poder, com o amor, com o trabalho. Sempre tem um ‘casa comigo’ (risos).”

Como você avalia a sua carreira?

“Viver só de ser artista já é uma vitória, sempre fiz teatro e tive uma chance ou outra de fazer cinema, seriado.”

O que você fazia antes de trabalhar só com a sua arte?

“Eu sempre fiz teatro, tive duas bandas que tocavam comigo na Vila Madalena, e eu sempre fui professor de inglês. Dar aula me manteve muito. Eu paguei vários cursos de teatro com o dinheiro das aulas, trabalhei em várias escolas.”

Você estava mais magro…

“É, em ‘Sob Pressão’, eu já tinha dado uma emagrecida. Depois eu fiz um neonazista, com o cabelo completamente raspado. Fiz um lutador, também fiz um malandro para o cinema que ainda não saiu. Foi tudo nesse espaço de um ano e meio. E o garimpeiro não é um mendigo (risos). Eu estava muito magro, então precisei ganhar uma massa. Meu corpo normalmente é esse, eu já estive mais magro e já estive mais forte, mas esse é o ideal. Esse negócio de fazer novela deixa a gente numa situação muito difícil para manter o corpo porque a gente sai da linha, com os exercícios diários. É melhor manter uma forma sã para aguentar (risos).”

Você costuma malhar?

“Eu faço ioga. Isso é o que tem mantido o meu corpo, faço em casa mesmo.”

Você chegou a pesar quantos quilos?

“O meu normal é uns 79 quilos, mas eu cheguei a pesar 72. Eu tenho facilidade para perder peso. Eu sou daqueles que precisa fazer exercício para o corpo pedir mais alimento. É muito louco.”

Já pensou em fazer algum trabalho em outro país?

“Ah, sempre penso. Ainda estou esperando a oportunidade. Quanto mais longe eu for… Tem muita história para ser contada.”

Já pintou algum convite para fazer a próxima trama do autor Aguinaldo Silva?

“Eu acho que talvez não tenham muitos personagens do meu perfil. Não tenho essa certeza, mas eu já brinquei com o Papinha (diretor), falei que se precisar ‘estamos juntos’.”

Que final você gostaria para o Zé Victor e a Sophia?

“O Zé Victor poderia pegar uma mala cheia de dinheiro com a Tônia para viajar pelo mundo. Pena que não vai rolar (risos). Eu acho que a Sophia não dá para se dar bem. Eu queria ajudar a acabar com a Sophia. Já pensou, eu e o Mariano em um grande plano para acabar com ela? (risos).”

Você acha que o Zé Victor usa a Sophia (Marieta Severo)?

“Com certeza, mas daqui a pouco ele vai cair do cavalo porque tudo o que você faz, um dia volta para você. Esse é o lema da novela. Eu acho que ele tinha um amor pela Tônia (Patrícia Elizardo), mas essa grana está fazendo ele ficar muito ambicioso. Uma hora isso vai acabar.”

Como é a troca com o Juliano Cazarré?

“Ele é um dos meus grandes irmãos, um profissional muito mágico. O garimpo tomou essa força por causa dele, que é muito agregador. Ele trouxe um vocabulário muito bom para a gente. Vou levar ele para a vida.”

* Entrevista feita pelo jornalista André Romano
* Colaborou Renan Vieira

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