Larissa Ayres, de O Sétimo Guardião fala de semelhança com Carolina Dieckmann e elogia colega: “Uma deusa da televisão”

Publicado em 18/12/2018

A atriz Larissa Ayres está no ar em O Sétimo Guardião, novela das 21h da TV Globo,  escrita por Aguinaldo Silva. Na trama, ela interpreta uma das filhas de Nicolau (Marcelo Serrado) e Afrodite (Carolina Dieckmann), a Diana. Ela é uma garota que enfrenta o preconceito do pai, que é contra a filha praticar Karatê. Em conversa com o Observatório da Televisão, Larissa falou sobre sua personagem, carreira e vida pessoal. Confira:

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Como está sendo para você depois da estreia da novela? 

“A repercussão da personagem está sendo muito bacana, é uma responsabilidade muito grande nas costas. É um tema muito antigo, que ainda perdura no dia de hoje e eu tenho recebido muitas mensagens de meninas e meninos, que ainda passam pelo mesmo tipo de situação. E mães de família também me mandam mensagens”.

Problemas

O pai da Diana não quer que ela lute de jeito nenhum, né? 

“O pai é super contra a Diana lutar karatê. Ele acha que as filhas dele devem casar, ter filhos e cuidar da casa. Ele acha um esporte de macho e tiveram um embate que virou toda essa confusão. Mas ela acaba abaixando a cabeça, porque ela que ver o pai feliz. E não quer causar nenhum desconforto dentro de casa, aí acaba desistindo de um talento dela. Mas o tempo vai passando, a dona Afrodite que é a mãe dela, vai ganhando força junto com a filha, incentivando-a. A Diana vai olhando para isso com outro ponto de vista, para e pensa que se não tomar uma atitude vai ser sempre assim, então ela vai fazer valer e não desistir do sonho”.  

É aí que ela assina um contrato que deve mudar a vida da família? 

“Isso. Tem um contrato aí que espera a Diana que vai ajudar muito nos estudos dela, porque tem dinheiro envolvido. Tem patrocínio e a gente fica na expectativa para que o seu Nicolau assine. Tudo para que ela consiga ter um bom futuro nos estudos, quanto ter um bom futuro no esporte”. 

Mudanças

Você acha que esse homem tem possibilidade de mudar, de ser uma pessoa mais aberta e menos machista? 

“Eu acho que todas as pessoas estão aptas a mudar. Mas elas têm que estar abertas a mudar o ponto de vista principalmente. Então com a casa toda tendo esse reboliço, essa coisa de confusão, Afrodite, Diana e Bebeto se posicionando… Ele vai ver que não tem mais aquela força dentro de casa, que as coisas estão mudando e vai ver o que pode acertar com a família para que tudo volte ao normal. Eu acho que ele vai ceder e vai melhorar como homem, como pessoa e vai se tornar uma pessoa admirável”.  

A Diana vai se apaixonar por alguém? 

“Vai. E o pior, a irmã dela vai se apaixonar pela mesma pessoa. Ela daquele jeitinho dela, vai dar para trás, falando que a irmã pode ficar. Mas a paixão vai ser tão avassaladora que eu acho que a Diana que vai ficar”.

Vida pessoal

Como seria se seu pai te pedisse para não fazer algo?

“Na minha família, quando eu disse que queria ser atriz, eu não tive nenhum embate. Meu pai sempre se mostrou muito preocupado e a minha mãe sempre me apoiou bastante. Eu nunca tive essa dificuldade de enfrentar ninguém em casa, pelo contrário, eu tive um apoio e eu agradeço muito a eles porque talvez eu teria desistido como a Diana. Mas, se eu tivesse essa relação com o meu pai, eu acho que eu iria entender o porquê, do ponto de vista dele, iriamos conversar, mas eu iria mais para frente ser mais determinado e continuar lutando pelos nossos sonhos. A gente não pode desistir de um sonho porque não é o que o nosso pai ou nossa mãe esperava, a gente tem uma vida independente da vontade dos nossos pais, então eu enfrentaria sim”.

Nas redes sociais a galera comenta que você realmente parece filha da Carolina Dieckmann, você esperava isso?

“Olha, eu fico muito lisonjeada. Eu assistindo a Carolina desde criancinha, sempre achei ela uma deusa da televisão, mas logicamente que vai muito além da beleza. Ela é linda de alma, é maravilhosa. Somos amigas hoje e ler isso que a gente de fato se parece, é muito legal, porque você vê que é um trabalho que está sendo construído, que está encaixando tanto, que remete as pessoas acharem além da semelhança física que a gente realmente está ficando parecida”.

Personagem

A princípio sua personagem seria uma skatista, você teve uma preparação, mas depois mudou para o karatê. Como foi essa mudança para você?

“Eu já estava há três meses treinando skate, que é algo que eu já tenho uma certa familiaridade. Eu comecei com o skate aos quinze anos, nada profissional, assim como o surf na minha vida, é um hobbie. Estava pegando as manhãs de várias categorias. E aí eu conversei com os diretores e eles falaram: ‘Nós alteramos o esporte da personagem’. Eu dei uma tremida e eles falaram que ela seria uma karateka. Eu adoro desafios, a gente treinou bastante e eu fiquei bem satisfeita com o resultado, continuo treinando duas horas por dia, de segunda a sexta”.

Você teve alguma modificação no seu corpo devido ao esporte?

“Sim, o karatê te dá mais força. Eu me senti muito mais preparada. A minha postura mudou, eu me sinto mais forte. Acho que ajudou muito, principalmente a tonificação muscular. Nesses dois meses que eu venho treinando eu já perdi uns dois quilos”.

Estudos

Até onde você foi para compor essa personagem?

“Eu acho que eu não precisei ir muito longe para lidar com esse tipo de situação. Eu acho que hoje com a internet e com as mulheres mais abertas nos posicionamentos dessas questões, a gente consegue encontrar várias histórias do cotidiano. Se você der um Google, já encontra história de milhares de mulheres que passam por situações tenebrosas na rua ou dentro de casa. Se você der uma lida nisso, já é o suficiente para você se colocar no lugar da pessoa e entender o que essas pessoas passam. Logicamente eu fui falar com pessoas, pessoas já tinham me mandado mensagem antes mesmo da novela começar me falando sobre. Houve uma troca, mas houve uma pesquisa, agora com as pessoas se posicionando e as mulheres tendo voz”.

Você faz algum esporte?

“Eu ando de skate, de patins, eu surfo, jogo vôlei, jogo handebol e tenho vontade de aprender tênis”.

O que a Diana tem acrescentado em você?

“A Diana tem uma coisa que até mesmo o Karatê leva a pessoa ser que é a disciplina, que leva a pessoa a ser muito correta com horário, como você respeita as pessoas. Ela tem toda uma disciplina que o karatê deu para ela e eu acho tão bonito, acho a personagem muito madura para a idade que ela tem”

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano

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