Jornalismo

Do sofá ao Catar: saiba o que ex-medalhões da Globo farão em primeira Copa fora da emissora

Marcos Uchôa, Márcio Canuto, Tino Marcos, Mauro Naves e Cassio Barco seguem rumos diferentes em Mundial

Publicado em 17/11/2022

A última Copa do Mundo de Galvão Bueno como narrador também é a primeira da Globo sem alguns de seus “medalhões” no jornalismo. Tino Marcos, Mauro Naves e Marcos Uchôa, símbolos da cobertura dos Mundiais, deixaram a emissora. O “repórter do povo” Márcio Canuto e o prodígio Cassio Barco tomaram a mesma decisão, provocando uma das maiores reformulações do canal para o torneio de futebol.

Quatro anos após a edição da Rússia, o quinteto segue rumos diferentes às vésperas da abertura no Catar. A coluna informa como estão os cinco jornalistas fora da Globo e o que eles farão durante o Mundial. Enquanto uns arrumaram as malas e embarcaram para o Catar por outros veículos, outros assistirão à Copa pela primeira vez do sofá. Confira:

Marcos Uchôa

Marcos Uchôa na Copa do Mundo da Rússia, em 2018
Marcos Uchôa na Copa do Mundo da Rússia, em 2018

O jornalista de 64 anos trabalha em Copas do Mundo desde 1986, um ano antes de ter sido contratado pela Globo. Polivalente, cobriu de guerras a Olimpíadas, mas foi nos Mundiais que o repórter se destacou, principalmente acompanhando seleções estrangeiras. Deixou a Globo em novembro de 2021 e cogitou entrar para a política. Procurado pela coluna na última segunda-feira (14), Uchôa informou o que fará durante o torneio no Catar: “O pessoal do Lance! me chamou e topei participar de dez programas durante a Copa. O resto vou curtir do sofá de casa, experiência que tive pela última vez na Copa de 1982!”.

Márcio Canuto

Márcio Canuto na Copa do Mundo do Brasil, em 2014
Márcio Canuto na Copa do Mundo do Brasil, em 2014

Márcio Canuto é sinônimo de povão. Presente em Copas desde 1986, o repórter se destacou no Mundial do Brasil, em 2014, quando chegou a ser mordido por um torcedor e levou um tombo ao vivo. Em 2019, saiu da emissora para se aposentar, mas três anos depois voltou ao jornalismo esportivo na Record. A proximidade do evento no Catar o atraiu para a publicidade. Atualmente com 76 anos, é garoto-propaganda de marcas como Guaraná Antarctica, Grupo Mateus, Serasa, Mercado Pago e Amanco Wavin. Segundo familiares, Canuto assistirá à Copa em casa, com gritaria só nos gols do Brasil.

Tino Marcos

Tino Marcos na Copa do Mundo da Rússia, em 2018
Tino Marcos na Copa do Mundo da Rússia, em 2018

Há mais de 30 anos, Tino Marcos é uma espécie de 12° jogador do Brasil nas Copas. Em oito Mundiais, acompanhou de perto a concentração e os treinos da seleção e formou uma dobradinha de sucesso com Galvão Bueno. O repórter decidiu deixar a Globo em fevereiro de 2021, e hoje, aos 60 anos, terá a oportunidade de ver os jogos no conforto do sofá. “Vou assistir de casa mesmo. Tive vários convites pra trabalhos e participações em programas, mas o único compromisso que fiz foi ir ao Domingão com Huck. Desde 1986, não paro pra ver uma Copa pra valer. Quando a gente cobre seleção brasileira, vê bem pouco do resto da Copa”, respondeu à coluna.

Mauro Naves

Mauro Naves na Copa do Mundo da Rússia, em 2018
Mauro Naves na Copa do Mundo da Rússia, em 2018

Ao lado de Tino Marcos, Mauro Naves era o repórter oficial da seleção brasileira na Globo e acumulou Copas, Olimpíadas e outros eventos esportivos. Em junho de 2019, foi afastado pela emissora durante a Copa América por interferir no caso envolvendo a acusação de estupro contra Neymar. A saída do jornalista foi anunciada por William Bonner no Jornal Nacional. Meses depois, estreou no Fox Sports, que se fundiu à ESPN. Hoje, aos 63 anos, está no Catar e cobrirá o Mundial pelo canal pago.

Cassio Barco

O repórter Cassio Barco na cobertura da Copa do Mundo de 2018, na Rússia
O repórter Cassio Barco na cobertura da Copa do Mundo de 2018, na Rússia (Reprodução/TV Globo)

Prodígio da Globo, Cassio Barco era considerado símbolo da renovação do jornalismo esportivo da emissora, com linguagem mais informal com doses de entretenimento. Em 2018, viajou à Rússia para cobrir a Copa do Mundo, semanas depois do nascimento de seu primeiro filho, Marvin. Depois de 11 anos na empresa, o repórter pediu demissão, mas não abandonou o futebol. Nesta semana, viajou ao Catar para cobrir o Mundial pela Fifa e pelo canal Ronaldo TV, comandado pelo herói do penta.

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