Luto

Morre o ator Paulo Hesse, de O Machão, O Cravo e a Rosa, Selva de Pedra e Éramos Seis

Artista estava com 81 anos e em breve estará no ar em Paraíso Tropical, no Vale a Pena Ver de Novo

Publicado em 15/11/2023

O ator Paulo Hesse morreu em São Paulo nesta terça-feira (14), aos 81 anos. A causa não foi divulgada, e a notícia do falecimento surgiu primeiro no perfil do Museu Brasileiro de Rádio e Televisão (MBRTV) no Instagram. O artista sofria do mal de Alzheimer, e estava internado num hospital da capital paulista.

Paulo César Boeta nasceu na cidade paulista de Caçapava, em 1º de abril de 1942. Sua estreia profissional ocorreu em 1966, no Teatro Municipal de São Paulo, e na década de 1970 começou a trabalhar também na televisão como ator, depois de ser assistente de direção e de produção em novelas da TV Globo, como A Grande Mentira (1968-1969) e A Cabana do Pai Tomás (1969-1970.

Na TV Tupi, Paulo Hesse integrou o elenco de novelas como O Machão (1974-1975), de Sérgio Jockymann, inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare, e também numa adaptação deste clássico teatral para a TV Excelsior, feita por Ivani Ribeiro: a novela A Indomável (1965). Aqui como um médico, Hesse voltaria a participar da mesma história, mas como o delegado Sansão, na versão de 2000-2001 de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira, intitulada O Cravo e a Rosa.

O Velho, o Menino e o Burro (1976), de Carmem Lídia; Cinderela 77 (1977), de Walther Negrão e Chico de Assis; Salário Mínimo (1978-1979), também da dupla; e Gaivotas (1979), de Jorge Andrade, foram outros trabalhos do ator na TV nos anos 1970, todos na TV Tupi. Em Gaivotas foi Fernando, um ator que integrava o grupo de amigos reunidos pelo industrial milionário Daniel (Rubens de Falco) 30 anos depois da formatura.

Paulo Hesse
Paulo Hesse (Reprodução)

Ao longo das décadas de 1980 e 1990, Paulo Hesse esteve em produções de emissoras variadas, como Dulcinéa Vai à Guerra (Bandeirantes, 1980-1981), As Cinco Panelas de Ouro (Cultura, 1982), Anarquistas, Graças a Deus (Globo, 1984), Jerônimo (SBT, 1984), Meus Filhos, Minha Vida (SBT, 1984-1985), e a segunda versão de Selva de Pedra (Globo, 1986), no papel de Isaac.

Nos anos 1990, Hesse participou no SBT da exitosa versão de Éramos Seis (1994) no papel de Higino, mordomo de Tia Emília (Nathalia Timberg), e foi outro mordomo, Humphrey, que trabalhava para Yara (Joana Fomm) em Razão de Viver (1996), adaptação de Meus Filhos, Minha Vida, na qual viveu outro papel, o de Camargo. Também passou pela Manchete, com Mandacaru (1997-1998).

As últimas aparições de Paulo Hesse em novelas ocorreram no fim dos anos 2000, em breves participações. O ator foi um fã da antiga estrela Virgínia Batista (Yoná Magalhães) em Paraíso Tropical (2007), que estreia em 27 de novembro no Vale a Pena Ver de Novo, e apresentou uma premiação do meio gastronômico em Água na Boca (2008).

No teatro, Paulo Hesse integrou o elenco de mais de 30 espetáculos – entre os quais Macbeth, O Auto da Compadecida (como João Grilo), Allegro Desbum e O Inimigo do Povo -, e no cinema foram cerca de 15 filmes – como O Ibraim do Subúrbio (1976), de Astolfo Araújo e Cecil Thiré, do qual estrelou o primeiro episódio, ‘Roy, o Gargalhador Profissional’, ao lado de Suzana Faíni e Fregolente, e Bellini e a Esfinge (2001), de Roberto Santucci, com Fábio Assunção e Malu Mader.

Em 2009, Eliana Pace publicou pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo um rico e extenso perfil de Paulo Hesse com o título A Vida Fez de Mim Um Livro e Eu Não Sei Ler, integrante da Coleção Aplauso.

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