TRISTE

Você sabia? Artista morreu ao gravar novela de Gloria Perez; relembre a tragédia

Fatalidade marcou as filmagens da trama da autora de Travessia

Publicado em 09/12/2022

O nome de Gloria Perez está em destaque atualmente por conta de Travessia, a atual novela das nove de sua autoria. Veterana na teledramaturgia da Globo, é constantemente reprisada na emissora.

Atualmente, além da trama inédita no horário nobre do canal aberto, Gloria está por trás de Caminho das Índias, reexibida no canal Viva, da Globosat. Recentemente, no Vale a Pena Ver de Novo, outro folhetim de sucesso foi ao ar novamente: O Clone, de 2001.

E foi exatamente em O Clone que ocorreu uma tragédia com um de seus participantes. Entenda o que aconteceu.

Lucas (Murilo Benício) e Jade (Giovanna Antonelli) em O Clone
Lucas (Murilo Benício) e Jade (Giovanna Antonelli) em O Clone

Novela de Gloria Perez recém-reprisada

O Bar da Jura é um dos cenários da novela O Clone, reprisada atualmente no Vale a Pena Ver de Novo da Globo. A trama foi originalmente gravada entre 2001 e 2002, ou seja, há 20 anos.

Na história escrita por Gloria Perez, o boteco gerenciado por Jura, personagem interpretada por Solange Couto, era situado no bairro de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e era uma espécie de reduto de artistas e famosos.

Por conta disso, a dona do estabelecimento, mãe de Xande (Marcello Novaes), vivia recebendo convidados especiais ao longo da trama. Pelé, Zeca Pagodinho e Ana Maria Braga foram algumas das celebridades que pisaram por lá.

Dona Jura (Solange Couto), elenco e Pelé em O Clone
Dona Jura (Solange Couto), elenco e Pelé em O Clone

Artista morreu durante gravações

Em 12 de abril de 2002, o convidado do Bar da Jura que gravou O Clone foi Osvaldo Sargentelli, radialista e apresentador, uma típica entidade cultural do século 20 no Brasil.

Velho amigo da atriz Solange Couto, protagonista da cena, Sargentelli chegou todo animado para as gravações, afinal, seria um reencontro após anos.

Emocionado, o famoso começou a se sentir mal, apertou a mão de Solange e sofreu um infarto. Internado no hospital Barra d’Or, Sargentelli, que tinha 78 anos de idade, morreu horas depois.

Conhecido popularmente como ‘a voz do trovão’, Sargentelli apresentou programas conhecidos na TV Tupi e à época estava no ar na Rede Brasil liderando o programa de entrevistas A Verdade.

Dona Jura (Solange Couto) e Sargentelli no Bar da Jura em O Clone
Dona Jura (Solange Couto) e Sargentelli no Bar da Jura em O Clone

Solange Couto lamentou morte de amigo

Muito amiga de Sargentelli, Solange Couto declarou que o comunicador morreu satisfeito com a vida que teve.

“Sabe como me sinto? Feliz por ter realizado seu último desejo. Ele sempre me dizia que queria morrer no palco, trabalhando, ou num botequim tocando samba numa caixa de fósforo, cercado de mulatas e de amigos”, disse Solange ao jornal Folha de S.Paulo.

“Ele estava trabalhando na mesa de um bar. Era cenográfico, mas era um bar [o da dona Jura”. E lá estavam seus amigos, como o Roberto Bonfim [o Edvaldo, na novela”, eu e outras mulatas”, declarou a artista, emocionada.

Solange e Sargentelli se conheceram quando ela tinha apenas 16 anos de idade. Ele já era famoso por seus programas na TV e naquele tempo se dedicava também a produzir shows com dançarinas. Solange foi uma das contratadas por ele, com quem trabalhou por três anos e só parou quando se casou com Sidney Magal.

Solange Couto, a dona Jura de O Clone, em registros da década de 1970
Solange Couto, a dona Jura de O Clone, em registros da década de 1970

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade