Nos próximos capítulos de Pantanal, Jove (Jesuita Barbosa), se sentindo ainda perdido, buscando um sentido para sua vida, diz a Juma (Alanis Guillen) que ele quer se reconciliar com o pai, José Leôncio (Marcos Palmeira).
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E pede que ela vá com ele morar na fazenda. Sem querer perde-lo, Juma aceita, um pouco contrariada, mas disposta a tentar fazer essa relação funcionar. Aos poucos, veremos uma transformação de Jove no ar e essa mudança será também vista em seu figurino. As camisas pop tão comuns em seu guarda-roupa darão lugar à calça jeans, camisa de botão e cada vez mais o rapaz se parecerá com o pai.
Mudança no figurino
Marie Salles, figurinista da novela, revela as mudanças de visual do personagem no decorrer de sua evolução durante o folhetim de Bruno Luperi.
Personagem complexo
“Um dos personagens mais complexos, mais difíceis que tem a novela é o Jove. Porque ele vai se transformando conforme a novela vai andando. Ele começa nos primeiros capítulos de um jeito, meio perdido, criado pela tia, com vários traumas e conflitos, um menino desajustado, que não tem um trabalho, não tem uma carreira e se veste como um adolescente quando já não é mais um adolescente. Ele tem essa forma mais juvenil, não adulta, porque a ideia é mostrar que é um personagem desencontrado mesmo. E aí ele começa a se encontrar quando vai em busca do pai, vai em busca da sua essência, das coisas que ele não teve acesso. Quando ele vai pro Pantanal a gente começa a ter um amadurecimento do personagem. Isso tudo foi construído pensando nesse texto.”
Mudanças pelo caminho
“Nós, figurino e direção, sabíamos o arco dramático desse personagem. Então, no início fizemos ele menos maduro, mais jovem do que realmente é, com as camisetas, com frases de efeito, às vezes até mais debochadas, calças largas, tênis de lona. Quando ele vai para seu lugar de nascença começa a se encontrar. Começa a se despir de certas coisas, começa a usar bermuda, chinelo, quando está na tapera. Começa a andar a cavalo, começa a sentir que precisa fazer parte daquele meio, mas ainda assim não se sente parte daquilo de verdade. Depois da morte da mãe ele volta para o Rio de Janeiro, tem uma conversa com a avó, e entende que precisa fazer parte daquilo, tem que amadurecer.”
Evolução
“E aí, aos poucos ele vai se encontrando naquele lugar. Ele volta para a casa do pai e quer ser um peão. A partir desse momento, ele começa a se fortalecer, o figurino começa a se fortalecer junto com ele. Já volta com calça jeans e bota. Vemos essa mudança. Aí quando ele vira peão mesmo, vamos ver todos os signos de um peão, mais próximo do pai, do Tadeu (José Loreto) e do Tibério (Guito). E depois ele muda novamente porque ele não é só um peão, ele terá mais mudanças ainda até o fim da trama.”
Cheio de nuances
“Além disso, como o Jove é esse personagem que ainda está se encontrando, ele anda pra trás e e pra frente. Ele vai pra Juma, volta pra Juma, vai mudando o figurino. Ele não tem um figurino como o Tadeu, que é um personagem mais consistente. O Jove é de nuances, erra, acerta, vai, volta, e o figurino vai junto com ele nesse crescimento.”
Pantanal é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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