A Lei do Amor termina nesta sexta-feira (31) com saldo negativo: do início ao fim, a primeira novela de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari para a faixa das 21h foi muito criticada por imprensa e público.
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Inclusive, os comentários negativos feitos durante os grupos de discussão da obra, promovidos em razão da baixa audiência, são apontados por muitos como culpados pelas transformações realizadas na história. E isso não é justo.
Os telespectadores não são obrigados a acompanhar uma obra ruim. Os responsáveis são quem aprovou a sinopse, no caso a direção de Dramaturgia, e os novelistas que, inclusive, tiveram um tempo a mais para desenvolver um folhetim muito melhor, já que o lançamento de A Lei do Amor foi adiado em alguns meses.
Mas o que surpreende mesmo é A Lei do Amor ser assinada por Maria Adelaide, uma autora cheia de qualidades e de trabalhos incríveis, mas que responde atualmente pelo pior enredo de sua carreira televisiva.
Por exemplo, só nesta reta final, fomos obrigados a ver Hércules (Danilo Granghéia) não apenas virando o bandido que nunca foi, como ainda por cima revelando que seu fetiche é se vestir como Magnólia (Vera Holtz) na “hora H”. Sério isso?
A impressão que passa, é a de que os escritores resolveram chutar o balde e atiraram para todos os lados para ver se o alvo – público – seria atingido de alguma forma.
O resultado no quesito audiência foi conquistado, já que na reta final a produção ultrapassou a barreira dos 30 pontos. Porém, poucas vezes o público acompanhou algo tão ruim na Globo.
O fato é que, em relação aos grupos de discussão, eles não deveriam ser levados tão a sério. É mais bonito o novelista ser criticado por sua ideia, tendo a chance de desenvolver a história que pensou com começo, meio e fim, que vê-la transformada em um Frankstein sem pé nem cabeça.
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Que A Lei do Amor sirva de lição.
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