Maria Júlia Coutinho pediu desculpas por ter falado “o choro é livre” no Jornal Hoje da última terça-feira (16), ao se referir a quem critica as medidas de restrição adotadas por cidades para impedir aglomerações e a propagação do novo coronavírus na pior fase da pandemia no Brasil. Na edição desta quinta, a apresentadora classificou a frase como “expressão infeliz”. Ela foi atacada por apoiadores de Jair Bolsonaro e pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro.
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“Anteontem, para reforçar a necessidade do isolamento social, eu usei, no improviso, uma expressão infeliz, que precisava de um complemento para deixar bem claro o que eu queria dizer. Eu falei o seguinte: ‘O choro é livre’. Eu quis dizer que, por mais amargas que sejam as medidas de isolamento, elas são necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde”, iniciou Maju.
“Mas eu também entendo perfeitamente a dor dos pequenos e médios empresários que são obrigados a manter os negócios fechados. E você é testemunha de que ontem mesmo a gente exibiu aqui uma longa reportagem sobre o assunto, e ao final dela eu disse assim: ‘Desejo também agilidade do governo e do Congresso para atender aos empresários e também às famílias que estão aguardando o auxílio emergencial”, prosseguiu a apresentadora.
“Eu reitero hoje aqui esse desejo, me desculpa pela expressão que usei anteontem e bola pra frente”, concluiu.
A fala de Maju viralizou em perfis de bolsonaristas na rede social. Políticos e influenciadores de extrema-direita distorceram o sentido da frase e acusaram a apresentadora de dizer “o choro é livre” para brasileiros que perderam o emprego ou faliram empresas em função da pandemia, o que é mentira.
Outros perfis inventaram que Maria Júlia Coutinho recebe R$ 130 mil mensais da Globo e que ela estava trabalhando em pleno lockdown. Outra mentira, já que a cidade de São Paulo, onde fica o estúdio do Jornal Hoje, não adotou o lockdown (fechamento total) para controlar a circulação de pessoas.
Entre os políticos que compartilharam o vídeo e distorceram a fala de Maju, estão os deputados federais Carlos Jordy (PSL-RJ), Cabo Junio Amaral (PSL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a deputada estadual Leticia Aguiar (PSL-SP), a vereadora Sonara Fernandes (Republicanos-SP). Também participaram do ataque à jornalista a ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel e o youtuber bolsonarista Allan dos Santos, investigado pelo STF no inquérito das fake news e sobre atos antidemocráticos.