Após dar vida à mãe de Maria Santa (Duda Santos) na primeira fase de Renascer, novela das nove da TV Globo, a atriz Belize Pombal vive Geíza, outra mãe cheia de nuances em Justiça 2, série original Globoplay, que estreia dia 11 de abril na plataforma.
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‘A Geíza conversa com a dinâmica de vida de muitas mulheres no nosso país. Ela é uma mãe solo, da periferia de Brasília, lidando com o desafios da comunidade em que ela vive. Faz de tudo para que a filha tenha a educação e o estudo como um valor, como uma ferramente fundamental para ascensão social e intelectual, e para a manutenção de um caminho íntegro e digno’, conta Belize em conversa exclusiva com a Quem.
Na história, Geíza e a filha, Sandra (Gi Fernandes), vivem e trabalham com dignidade, na comunidade do Sol Nascente, em Ceilândia, Distrito Federal. Até que um dia, Renato (Filipe Bragança), um jovem de classe média que entra para o tráfico para sustentar em seu vício em drogas, se muda para a vizinhança e passa a atrapalhar a tranquilidade delas. Ele deixa o som ligado, em um volume altíssimo, 24 horas por dia, o que dificulta muito a rotina de Geíza e Sandra – já que as duas não conseguem dormir, e Sandra não consegue se concentrar nos estudos.
A situação chega ao limite e, em uma briga de Renato com Sandra, Geíza mata o rapaz para salvar a filha. O pai dele, o contador Abílio (Danton Mello), pede ajuda ao chefe, o vereador Nestor (Marco Ricca), para prender a responsável pela morte do seu filho. E, apesar de sempre ter sido muito correto, Abílio passa a dever favores para Nestor, político corrupto e violento.
Geíza é condenada e passa sete anos presa. Enquanto a mãe está na cadeia, sem ter como se sustentar, Sandra se torna uma pessoa em situação de rua. Até que Abílio lhe oferece um emprego, sob a condição de que ela ceda o seu CPF, o que a envolve em um esquema de lavagem de dinheiro, comandado por Nestor.
‘No caso da Geíza – e claro, não só no dela, mas no de muitas mulheres na nossa sociedade – a história toma contornos trágicos. Ela é uma mãe que abraça a própria história e dos seus descendentes, se atira, em uma tentativa de salvar a filha e a si mesma de a qualquer custo. É uma mulher de uma força absurda. E o que eu acho mais bonito é que, por mais que essa história se dê na ficção, ela dialoga diretamente com a realidade de muitas pessoas, de muitas mulheres do nosso país’, adianta Belize.