“Agora ele vai saber como é não ter a mim ao lado dele!” Com essas palavras a sempre carinhosa, dedicada e pacata Edna (Nívea Maria) se refere ao marido Albieri (Juca de Oliveira) em O Clone, ao se sentir traída por ele com a jornalista Amália (Maria João Bastos).
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Nos últimos tempos, envolvido pela possibilidade de reconhecimento geral pela experiência genética que teve sucesso e gerou Leo (Murilo Benício), um clone perfeito de Lucas (também Murilo Benício), Albieri tem mentido seguidamente para a mulher.
Isso porque tem mantido encontros com a jornalista portuguesa, ex-namorada de Leônidas (Reginaldo Faria) e também de Cecéu (Sérgio Marone) que, enciumado como Edna, rompeu com a moça devido a seus encontros frequentes com o geneticista.
É certo que a beleza e o charme de Amália poderiam despertar o interesse de qualquer homem. Talvez mais ainda de um homem como Albieri, já mais velho e que gosta muito da esposa, mas tem por ela mais gratidão e amizade do que propriamente amor. Esses fatores, mais a fascinação pela história do clone que tanto a jornalista quanto o cientista têm em comum, perturbam Edna.
Depois de ter sido visto com Amália num restaurante por Anita (Myrian Rios), recepcionista da clínica e amiga de Edna, e de ser apanhado pela esposa em diversas invenções descabidas como ter ido almoçar no dia anterior com um velho amigo que não visita o Rio de Janeiro há mais de um ano, por exemplo, Albieri decepciona Edna dia a dia.
Quando ela vê Amália na audiência sobre o caso do clone e depois presencia Albieri e a jornalista marcando um encontro, Edna discute com o marido, que diz o óbvio: que se sente sufocado diante de tanta perseguição e desconfiança.
Sempre insegura, já que sabe que Albieri nunca a amara, ela teme perdê-lo para a portuguesa e ter jogado fora toda uma vida que viveu mais para Albieri do que para si própria.