“Tomara que eu não fale muita besteira hoje”, brinca Regina Duarte, no Programa do Jô

Publicado em 07/10/2016

Um carinho que se expressa por gestos, pelas mãos dadas, pela troca no olhar e por tantas histórias compartilhadas. A entrevista de Jô Soares com Regina Duarte, nesta sexta, dia 7, mostra uma relação de amizade que atravessa anos e que se mantém viva, além de bem-humorada. “Esta é uma convidada muito especial, extraordinária atriz de cinema, televisão, teatro. Que alegria te ver aqui!”, declara-se o apresentador à atriz. “É uma alegria imensa pra mim, mas, olha que engraçado, estou muito nervosa, gelada. Tomara que não fale muita besteira hoje”, responde Regina, dando o tom da conversa que toma conta dos dois blocos do Programa do Jô.

No encontro, a dupla aproveita para relembrar situações que viveram juntos, como o espetáculo “Romeu & Julieta” dirigido por Jô em 1969 e que teve Regina no papel principal. “A Regininha era um alumbramento, não tenho outra descrição, era de cair o queixo. Pena não termos registrado aquelas cenas”, lamenta o Gordo. No telão, surge uma foto de um ensaio da peça, surpresa para ambos.

Nascida e criada no interior de São Paulo, Regina coleciona muitos causos. Como quando quis passar por baixo de um arco-íris para ver se a lenda em torno do fenômeno aconteceria. “Fiquei andando, andando, mas ele ficava mais longe. Até os 14 anos, eu queria ser homem porque, naquela época, ser livre era algo só para os homens. Mulher tinha de ficar em casa”, conta ela, que chegou a fazer cursos de bordado, de corte e costura, entre outros, sendo “preparada para casar”. Isso não significa que, em algum momento, ela tenha sido reprimida por parte dos pais por conta da escolha da profissão. “Acho que só me tornei o que sou porque tive pais artistas. Minha mãe era professora de piano e meu pai que, apesar de ser militar, era apaixonado por literatura, música, artes plásticas, teatro. Eles me incentivaram muito. Acho que eu estava realizando um desejo pessoal deles”, conta.

Outro momento curioso da infância no interior era a “mania” que ela tinha de fugir de casa. “Eu devia ter uns 3 ou 4 anos. Se deixassem a porta aberta, eu saía mundo afora. Certa vez, eu estava na estação de trem de São Joaquim da Barra (SP) e me interessei por um vendedor de bananas. Ele me deu uma banana e declamei ‘batatinha quando nasce’ para poder pagar pela fruta. Quando meu tio entrou ali, me viu cercada por uma multidão, declamando poemas”, diverte-se aos risos.

O Programa do Jô vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após o Jornal da Globo.

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