ENTREVISTA

Sílvia Pfeifer fala sobre o sucesso de O Rei do Gado e a importância de Léia no debate sobre a violência contra as mulheres

Atriz também falou sobre a febre dos looks de sua personagem nos anos 90

Publicado em 22/04/2023

A atriz Sílvia Pfeifer, de 65 anos, abriu o jogo sobre o sucesso da novela O Rei do Gado, atualmente reprisada no Vale A Pena Ver de Novo, na TV Globo, e falou sobre a importância de sua personagem na discussão sobre a violência contra as mulheres. Em entrevista ao gshow, a veterana também conta que os looks de Léias viraram febre nos anos 90 e que até hoje ela guarda algumas peças do visual da personagem.

“Hoje eu estava assistindo à novela e apareci com um vestido lindo. Adorava uma camisola que a Léia usava na novela e ganhei até uma igual de presente. E amo essa pantalona de cintura alta com a blusa com transparência” que ela usava na trama”, declarou ela.

Na trama de Benedito Ruy Barbosa, Léia acaba largando os filhos e o marido, Bruno Mezenga (Antonio Fagundes) para viver um novo amor com Ralf (Oscar Magrini). No entanto, ela acaba sendo vítima de diversas agressões físicas e psicológicas ao lado do novo companheiro.

“A Léia trouxe esse questionamento, o de uma mulher renunciar tudo para viver uma felicidade. Viveu uma relação com um homem mais jovem, porém, percebe que ele não tem um bom caráter. E acho importante ainda falar sobre a violência contra a mulher. Eu me lembro que, naquela época, existiam vários questionamentos: ‘Será? Não é exagero dela? Isso é ficção e não acontece fora da TV.’ Agora, temos um pouco mais e clareza a respeito dessa síndrome que a mulher sofre quando é abusada, violentada”, destacou Sílvia Pfeifer.

Marita (Luciana Vendramini) e Léia (Silvia Pfeifer) de O Rei do Gado
Marita (Luciana Vendramini) e Léia (Silvia Pfeifer) de O Rei do Gado

A atriz também conta que a realidade atual é outra, quando comparada a época em que a novela foi escrita. Para Sílvia Pfeifer, a união entre as mulheres faz toda a diferença nos casos de violência dentro de suas casas.

“A denúncia, a união é uma força. E, sim, temos que dividir as nossas angústias, buscar ajuda! Graças a Deus agora existe a lei que obriga as delegacias voltadas para a mulher a estarem abertas, e isso independente do horário, do dia”, completou a artista.

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