A novela O Sétimo Guardião ainda nem começou a ser gravada e a única coisa que temos certeza é que ela trará de volta às novelas o realismo fantástico. O realismo fantástico é um movimento literário surgido no início do século 20 na América-Latina que tenta intercalar elementos mágicos à realidade cotidiana. Chamado também de realismo mágico, sua grande característica é fazer com que seus personagens entendam os elementos fantásticos como algo natural, sem se questionarem o motivo daquilo acontecer.
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Dentre as novelas muitas obras utilizaram o gênero, sobretudo as de autoria de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. Relembramos algumas delas:
Saramandaia
Em ambas as versões da novela existiam personagens dos mais diversos tipos fantásticos, desde pessoas que voavam, soltavam formigas pelo nariz quando nervosas ou mesmo aquelas que literalmente explodiam de tanto comer como aconteceu com Dona Redonda (Wilza Carla / Vera Holtz)
A Indomada
Em A Indomada o realismo fantástico também esteve presente em diversos pontos do enredo. A lua cheia da cidade exercia um poder sexual em Scarlet (Luiza Tomé), assim como atraía para as ruas o maníaco Caderudo, que atacava as mulheres da cidade. Egídio (Licurgo Aspínola) assistente da juíza era uma espécie de super-homem que ao menor sinal de perigo à sua amada Mirandinha (Betty Faria) corria para socorrê-la. Em dado momento da história, Delegado Motinha (José de Abreu) cai num buraco e vai parar no Japão.
Pedra Sobre Pedra
Ambientada na cidade de Resplendor, a trama teve seus toques de fantasia quando um de seus vilões Cândido Alegria (Armando Bogus) se transforma em estátua. Também fez sucesso a trama de Sérgio Cabeleira (Osmar Prado) que é atraído em direção à lua cheia cada vez que ela aparece, mas o enredo fantástico de maior sucesso é o do fotógrafo Jorge Tadeu (Fabio Junior) que seduz as mulheres da cidade, e após a sua morte as atrai para que elas comam a flor afrodisíaca que brota de seu túmulo, flor essa que ele cultivava com sua urina antes de sua morte.
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Fera Ferida
Em Fera Ferida, o gênero se mostrou tanto através do protagonista Flamel (Edson Celulari) que desejava descobrir a pedra filosofal para transformar qualquer metal em ouro e cometia diversos erros em suas experiências com direito a raios, trovões e muita fumaça, através de Camila (Claudia Ohana) que dormia por meses e levitava só acordando quando o sentia o cheiro de estrogonofe de bacalhau, e de Orestes (Claudio Marzo) coveiro da cidade que falava com os mortos e por isso conhecia todos os segredos da população de Tubiacanga.
Agora É Que São Elas
Em Agora É Que São Elas, um terremoto na cidade de São Francisco das Formigas provocado pela falta de tratamento adequado no escoamento do curtume do prefeito Juca Tigre (Miguel Falabella) virou a cidade de cabeça pra baixo, fazendo até mesmo uma vaca voar. Juca, adquiriu ainda uma doença e acabou ficando com a pele roxa.
Roque Santeiro
Na segunda versão de Roque Santeiro, nas noites de lua cheia, o professor Astromar (Rui Rezende) se transformava em lobisomem e apavorada toda a cidade de Asa Branca.
O Fim do Mundo
O Fim do Mundo foi uma novela de apenas 35 capítulos usada como tapa buraco entre as tramas de Explode Coração e Rei do Gado, e tinha como protagonista o místico Joãozinho de Dagmar (Paulo Betty) que fazia previsões sobre o apocalipse, entortava colheres e ainda exalava perfume.
Da Cor do Pecado
O núcleo da Família Sardinha era o mais divertido da novela e com eles aconteciam as situações mais absurdas. Edilásia Sardinha (Rosi Campos) preparada para seus filhos lutadores uma sopa especial que fazia com que eles ficassem fortes e musculosos de forma instantânea.
Tieta
Em Tieta, o realismo fantástico ficou por conta da personagem conhecida na cidade de Santana do Agreste como A mulher de branco. Ela atacava sexualmente os homens do local.