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No Conversa com Bial, Galvão Bueno relembra drama de perder a voz na Copa do Catar

Jornalista esportivo também lembrou que ainda tem mais trabalhos pela frente na televisão

Publicado em 26/05/2023

Nesta sexta-feira (26), o comentarista Galvão Bueno, de 72 anos, falou sobre a sua despedida das narrações da TV Globo e relembrou o seu drama pessoal ao perder a voz para narrar os jogos da Copa do Mundo do Catar. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, o profissional do esporte destacou a sua emoção ao cobrir a final do último jogo da edição do mundial de futebol.

“Eu perdi a voz. Algumas vezes aconteceram, não muitas. Foi muito engraçado porque, depois daquilo teve a decisão por pênaltis e a voz estava limpa. Acho que, também, recebi um presente. Narrei, sei lá, onze finais de Copa do Mundo. Nunca vi um jogo tão fantástico em final de Copa do Mundo como esse de Argentina e França. Foi demais, estava muito emocionado mesmo”, relembrou o narrador.

Galvão Bueno também falou sobre o documentário Galvão: Olha O Que Ele fez, disponível no Globoplay, e relatou que precisou dosar a sua emoção com a realidade dos fatos para encarar a profissão de narrador esportivo.

“Pedi que não aliviassem nada. A expressão ‘que não seja chapa branca’ partiu de mim. Deve ter gente que não deve ter gostado de alguma coisa que eu falei nesse tempo todo. E eu ando no fio da navalha: de um lado tem a emoção que preciso vender e do outro tem a realidade dos fatos. Vou me equilibrando entre as duas coisas e o equilibrista de vez em quando cai. E eu caí muitas vezes”, analisou o narrador.

Por fim, a voz mais famosa das transmissões esportivas da história da TV Globo destacou que ainda tem mais trabalhos pela frente na televisão brasileira.

“Tenho mais dois anos de contrato, com algumas participações pontuais, dois programas especiais de fim de ano, participação na Olimpíada de Paris. Narrar a Seleção Brasileira terminou ali. Foi o meu 53º jogo seguido de Seleção Brasileira em Copa do Mundo. Aquilo que eu disse, eu disse: ‘gente, prestem atenção em uma coisa. Estou virando uma página, não estou fechando um livro'”, concluiu Galvão Bueno.