ENTREVISTA

Laura em Mulheres Apaixonadas, Carolina Kasting relembra novela e lamenta cena não exibida do desfecho de sua personagem: “Não teve tempo”

Atriz também elogiou a qualidade do texto oferecido pelo autor Manoel Carlos em suas obras

Publicado em 27/06/2023

A atriz Carolina Kasting, de 47 anos, relembrou o seu papel como a Dra. Laura na novela Mulheres Apaixonadas (2003), que atualmente está sendo reprisada pela TV Globo no Vale a Pena Ver de Novo. Em entrevista ao site da jornalista Heloisa Tolipan, a artista celebrou a nova reprise da obra de Manoel Carlos nas tardes da emissora carioca e enalteceu a qualidade do texto oferecida aos telespectadores da trama.

“É um texto peculiar, específico. Falamos algo consistente, profundo. É um mergulho na personagem, uma novela verticalizada para os atores, consistente. Lembro que logo no início da trama encontrei com ele, que me disse que Laura fazia tudo na vida por amor. Eu fiquei muito disciplinada nisso, e defendi-a com unhas, dentes, coração e vísceras. Quando eu era a Laura, não via ninguém na minha frente. Eu passava como um trator, por conta da personalidade dela, e muito se deve à frase do Maneco. Há uma cena inclusive que ela tenta matar o personagem do Leonardo Miggiorin (Rodrigo), com um furador de gelo”, analisou a atriz.

Carolina Kasting também lamentou o fato da produção da novela não ter gravado a última cena do casal Laura e Téo (Tony Ramos), em que sinalizaria para o público um recomeço em suas histórias.

“Era lindo. A novela acabaria com a Laura e ele caminhando com a menininha Salete (Bruna Marquezine) sugerindo que todos estariam reconstruindo a vida dentro dos moldes que se entendiam como corretos. Uma pena não ter havido tempo para gravarmos esta cena”, entregou ela.

Por fim, a atriz afirma que Laura foi uma das personagens mais importantes de sua carreira e destaca a complexidade da figura feminina abordada na história criada por Manoel Carlos.

“Não há personagens que não façam sentido. Nós, enquanto humanos não fazemos: Odiamos, amamos, temos compaixão, lutamos contra as nossas sombras. Eu adoro isso pois torna um texto dramático bom, afinal, traz os conflitos e as dificuldades. Diferentes de um texto raso que não nos traz nada ou quando entrega-se tudo mastigado para o telespectador. O personagem torna-se previsível, sendo a mesma coisa do início ao fim. Isso não tem graça. Laura foi uma personagem muito importante para mim”, declarou Carolina Kasting.

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