Negritudes 22

Globo promove evento sobre a valorização das narrativas negras no audiovisual

David Júnior e Jojo Todynho foram alguns dos convidados no evento

Publicado em 08/06/2022

Na tarde desta terça-feira (7), a Globo reuniu profissionais de diversas áreas da companhia, influenciadores e parceiros para debater o conteúdo audiovisual que pode e quer valorizar as negritudes.

O evento Negritudes 22, que foi realizado no Gexperience, em São Paulo, falou de pessoas pretas como produtores e consumidores, e trouxe tendências e insights com o objetivo de estimular a produção audiovisual, além de celebrar as conquistas nessa seara. A transmissão foi feita ao vivo pelo Globoplay.

O evento contou com três mesas centrais de discussões. Com mediação da jornalista e apresentadora do Jornal das Dez, da GloboNews, Aline Midlej, a primeira mesa foi “O Papo Tá Enegrecendo: documentários e programas de variedades enegrecem seus conteúdos a partir de realidade plurais”, e contou com a participação dos apresentadores AD Júnior e Manoel Soares, da Trace Brasil e da TV Globo, respectivamente, e da cantora Larissa Luz.

A discussão permeou a importância de contar diferentes narrativas. “Vamos colocar pessoas pretas para contar novas histórias, que não sejam apenas narrativas de dor“, pontuou AD Junior.

Larissa destacou a pluralidade: “É importante termos representatividade, pessoas comprometidas com a negritude, de fato, que não sejamos únicos e que possamos ser plurais e ser tudo o que a gente quiser, e estarmos onde quisermos“. Já Manoel encerrou o bate-papo quando trouxe o ponto central do preconceito: “Racismo é um problema do branco“. 

Já a mesa 2, Ficção Preta e os contadores de suas próprias histórias: como criadores negros estão transformando gêneros narrativos”, foi mediada pela apresentadora Valéria Almeida. Participaram da discussão o cineasta Jeferson DE, o ator David Junior e as autoras da série Encantados, Thaís Pontes e Renata Andrade.

Durante o papo, os quatro convidados manifestaram o desejo de falar sobre novas pautas, e não serem incluídos apenas em pautas raciais. “A temática racial é importante, mas queremos falar de outras narrativas. Vale a gente correr atrás e contar as histórias que a gente deseja“, apontou Renata.

A mesa 3, “Mulheres negras e suas vozes transformadoras: a produção de conteúdo sob a perspectiva feminina de diferentes vivências e da transgeneridade”, foi conduzida pela apresentadora Rita Batista e contou com a presença da cantora Jojo Todynho, e das roteiristas Renata Martins e Hela Santana.

Renata salientou a necessidade da pluralidade nas telas: “Temos um desafio muito grande de onde queremos chegar“. Já Hela corroborou com a ideia trazida: “O audiovisual tem o poder muito grande de fazer com que a gente olhe para outras pessoas“.

Jojo Todynho, por sua vez, finalizou dizendo: “Quero representar as pessoas que se identificam comigo“. Entre as mesas, o encontro contou com apresentações. O professor Renato Noguera falou sobre a filosofia africana. “Capacidade de fazer percurso com alguém mesmo que seja inesperado. Coragem para enfrentar outros mundos possíveis“.

Samantha Almeida, diretora de Criação de Conteúdo dos Estúdios Globo, abordou estratégias de conteúdo com diversidade étnico-racial. Houve ainda um bate-papo entre o jornalista da sportv Marcos Luca Valetim e a ex-ginasta Daiane do Santos, sobre a representatividade no esporte. 

O evento também trouxe intervenções de arte e música ao longo da programação, e uma emocionante homenagem ao ator Milton Gonçalves. O Negritudes 22 foi apresentado pelo humorista Paulo Vieira. Quem esteve presente também conheceu as instalações do Gexperience.

A realização do evento no mês de junho tem como objetivo antecipar tendências que só serão discutidas em novembro, estimulando o debate sobre o tema, inclusive fora do mês em que se concentram as principais celebrações sobre Negritudes. 

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