
Drika Marinho, esposa de André Marinho, reprovou o quadro escolhido para retratar o marido na dinâmica da discórdia realizada no Hora do Faro, que foi exibida neste domingo (13). A obra escolhida foi O Lavrador de Café, do pintor brasileiro Cândido Portinari. Criada em 1934, a tela representa a dura realidade dos negros que por séculos foram escravizados no Brasil.
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Em respeito a Drika, André e todos os que sentem na pele os reflexos desse terrível período da história do país, reproduzimos a seguir o texto completo publicado pela dançarina em seu perfil no Twitter:
“Alguns temas são muito sérios para virarem brincadeira. O quadro do Portinari onde o André foi representado em uma dinâmica, é uma obra-prima que ficou famosa por retratar a triste realidade que assolou milhares de negros, que durante anos foram escravizados torturados e submetidos a condições desumanas por um longo e triste período da nossa história. Por este motivo, não é de bom tom retratar a escravidão em forma de brincadeira EM NENHUM CONTEXTO.
Muitos fãs nos procuraram para mostrar constrangimento e indignação assim como nós da família sentimo-nos constrangidos e acreditamos que o André poderia ser melhor retratado por diversas figuras com contextos mais apropriados.
A família Marinho já passou por diversos episódios de preconceito inclusive com seus filhos, e por isso entendemos que não devemos nos calar diante de certas atitudes, e sim, aproveitar o momento para conscientizar. É este tipo de associação que não deve ser normalizada pois representa um racismo estrutural que deve ser combatido, e não disseminado”.
Confira a reprodução criada para a dinâmica do Hora do Faro:
