Veja a entrevista

Deniziane fala do término com Matteus após ser eliminada do BBB 24: “Não queria o machucar”

Ela deixou o programa com 52,02% dos votos

Publicado em 21/02/2024

Se tivesse que eleger seu maior trunfo no ‘Big Brother Brasil’, Deniziane escolheria sua determinação. Foi com ela que saiu vitoriosa da primeira prova do líder desta edição do reality show e realizou o sonho de ter um carro, além de, em sua opinião, ter passado a ser vista como uma jogadora forte por seus concorrentes no BBB 24.

Como estratégia de competição, a escolha foi outra: jogar com o coração e votar por afinidade. Depois de deixar a casa, na noite de ontem, com 52,02% dos votos do público, ela avalia que talvez não tenha sido o suficiente para o prêmio, mas foi o bastante para fazer grandes amizades na casa que, agora, têm sua torcida em um possível pódio da final.

Em entrevista, a ex-participante palpita sobre os motivos que a tiraram do jogo, surpreende com a opinião sobre quem quer que saia com o primeiro lugar do ‘BBB 24’ e avalia os desafetos que teve no confinamento. Confira a seguir.

Como você resume a experiência de participar do ‘Big Brother Brasil’?

Eu resumiria como uma experiência de vida mesmo. O programa me fez amadurecer muito, ver pontos que eu não tinha visto em mim ainda. Gatilhos aqui de fora eu levei lá para dentro, e esse era o meu maior medo. O confinamento resgata qualidades e defeitos na gente, não tem como.

O que mais te surpreendeu no reality show?

As festas me surpreenderam muito pela estrutura. É tudo feito muito para cada um e é muito bonito de ver todo o carinho que a produção tem com a gente.

Qual era sua maior fortaleza no programa, em sua opinião? E seu ponto fraco?

A minha maior fortaleza foi ter determinação. Tanto nas provas quanto no jogo, querer jogar muito e tentar me desviar um pouco do relacionamento, que foi o que aconteceu. E o meu ponto fraco foi exatamente esse também: não ter me entregado, de fato, ao que eu queria no meu coração. Quando eu chego aqui fora e vejo que eu deveria ter feito isso e não ter lutado contra, me dói. Eu deveria ter continuado com ele.

Quais foram os impactos de ganhar a primeira liderança para o seu jogo?

As pessoas me viram como forte por essa primeira liderança. Foi uma prova de resistência em que muitos homens foram eliminados, então, eu acredito que era para ser minha mesmo. Sempre andei de ônibus aqui fora e coloquei o carro como uma determinação; nada ia me tirar dali. As pessoas, dentro da casa, interpretaram isso como uma fortaleza. Foi bom.

Até a Raquele, que foi a última líder e te indicou, você tinha sido a única líder da edição a colocar um participante no paredão e ele ser eliminado. A que você atribui esse fato? O que levava em consideração em suas avaliações de voto na casa para ser certeira?

Mesmo que fosse apenas o primeiro dia, lá dentro tem uma intensidade muito grande. Alguns posicionamentos do Maycon eu já percebia que iriam incomodar a casa e, talvez, não seriam tão bem-vistos pelo público. Então, eu votei nele por afinidade e também por isso. Eu também sempre falei que ia me conectar com as pessoas no BBB por energia. Isso é uma coisa que eu uso aqui fora, e passei a quebrar a minha cara muito menos ao agir dessa maneira. Foi uma estratégia que usei: me conectar com pessoas com quem eu realmente tinha afinidade para ser mais fácil de votar nas que eu não tinha. Foi esse o critério para os meus outros votos: dentre as pessoas que eu tinha menos afinidade, via a que eu tinha um motivo e votava.

A casa se dividiu em grupos e você ficou com aquele que ganhou o nome de “Fadas”. O que gerou a aproximação entre você, Beatriz, Alane e Matteus?

Todos os três têm um coração muito puro, têm valores que batem com os meus, com a minha família, com a minha criação. A gente se conectou porque todo mundo ali tinha o coração tranquilo com o jogo, agia com o coração para jogar. A Bia é muito alegre e estar com pessoas assim te traz uma felicidade também. A Alane é muito certeira nas falas e isso me ensinou muito. E o Matteus é super coração, muito humano, então ele me fazia enxergar mais o meu lado humano também e admirá-lo cada dia mais.

Uma das coisas que você estava declaradamente determinada a evitar no BBB era formar um casal, algo que acabou acontecendo. Depois, você decidiu colocar um ponto final à relação. Avaliando agora o todo, acredita que o relacionamento impactou em seu desempenho na competição?

Isso era algo que eu não colocava para fora, somente quando eu falava que não queria me relacionar. Ao longo do relacionamento eu via que eu estava me desvirtuando do jogo. Não de posicionamentos, mas de não me mostrar tanto. Esse tipo de coisa, em que eu estava lutando contra mim mesma, que me fez dar um basta para priorizar o jogo e depois, aqui fora, a gente resolver sem a pressão da competição. De fato o sentimento era verdadeiro, existia, mas eu queria poupar ele da pressão do jogo. Queria que o Matteus olhasse para si mesmo no jogo também e não queria o machucar. Essa preocupação minha acabou me fazendo tomar essa decisão, lutando contra o que eu estava sentindo, e deu no que deu. Mas eu acho que ele entendeu, ele tem um coração bom. A minha preocupação é com ele agora, de ele não se sentir culpado, porque eu vi que na hora que eu saí ele ficou muito culpado e eu estou com essa imagem na minha cabeça ainda.

Muitas pessoas aqui fora brincaram que você e Matteus terminaram porque ele tirou a barba. Isso teve peso na sua decisão?

Não! Eu já estava com essa angústia no meu coração. No dia, eu estava mais na minha. Estava conversando com a Alane sobre isso, ele chegou na conversa, e foi quando eu disse que achava que eu estava me desvirtuando do jogo. Disse: “Vou ter esse cuidado agora e lá fora a gente se resolve”. Foi só isso, não foi a barba ou algo do tipo (risos). É porque as pessoas colocaram como algo grandioso e não foi.

Você afirmou que Davi era manipulador, se manifestou contra o jogo da Fernanda e teve um embate com a Giovanna também após o último Sincerão. Considera que eles foram os seus maiores adversários no reality show?

Eu não vejo o Davi como um adversário. Quando ele se aproximou do Matteus, me fez enxergá-lo com outros olhos. Tanto é que eu não votava mais nele. Eu só mantinha que não jogava com ele porque foi uma palavra minha. Se ele dizia que jogava com o Matteus, eu sempre falava: “O jogo do Matteus é diferente do meu”. O Davi começou a votar para ajudar a gente, mas não foi algo combinado. Comecei a gostar dele, mas a nossa relação era sem interesse de voto. Até porque eu falava com as meninas: “Por que tem que ser benéfico só quando a gente precisa? Quando o Davi precisou que a gente votasse para salvar a Isabelle a gente não fez. Eu acho errado pedir voto dele”. A Fernanda tem alguns pontos no jogo que eu discordava, discordo e se ela for a favorita vou continuar discordando porque são posicionamentos que fogem muito do que eu acho; não concordo mesmo. A Giovanna eu vejo como planta, não só sobre posicionamento, mas de movimento na casa, que eu não via. Eu não tive embates diretos dentro do BBB. Eu lutava pelas meninas e não me arrependo porque é da minha personalidade. Eu tentava jogar com coerência. Não que eu fosse certa ou errada, mas eu tentava.

Você se mostrou bem brava com a indicação ao monstro feita por Michel. Por quê?

Fiquei brava porque eu não vejo o monstro como uma coisa positiva; acho que é uma possível indicação ou voto na pessoa. O que era positivo, que depois eu vi dessa maneira, era o que eu podia fazer com ele, a visibilidade da função de monstro. O monstro em si não é uma coisa positiva.

A que você atribui a sua eliminação?

Eu acho que foi o embate com o Davi na questão dos limões, mesmo a gente conversando, eu pedindo desculpa a ele por tê-lo chamado de egoísta e ele me pedindo desculpa por ter pegado três limões dos seis que tinha na Xepa. Mas não foi uma forma de ataque a ele, se fosse com qualquer outra pessoa eu falaria. E também o fato de a Isabelle estar muito querida. Nos meus últimos momentos na casa tive a oportunidade de conhecê-la mais, só que eu triturei a cartinha dela no Sincerão e acho que isso pode ter contribuído.

Quais você acha que são os participantes mais fortes atualmente e por quê?

Davi, Isabelle e Bia. O Davi pelos posicionamentos fortes dele. Falei para ele: “Ou o Brasil te ama ou te odeia. Você não é um participante de meio termo”. A Bia se entrega muito no que ela faz, independentemente de qualquer coisa, e quando você entrega 100% de si não tem como dar errado. Por força de vontade e personalidade, acho que ela também pode conseguir ganhar. A Isabelle tem muito coração e acho que esse lado humano dela, de olhar para o outro independentemente se estão julgando, é muito forte. Sempre achei errado as pessoas votarem nela por ela andar com o Davi.

Quem fica com a sua torcida para vencer o programa?

Para quem está lá dentro vai ser até um pouco incoerente eu falar isso, mas quando a gente vê aqui fora, o nosso jogo muda. Não tem como eu falar com a cabeça lá de dentro. E, agora, a minha torcida é para o Matteus. Eu quero muito que ele ganhe. Ele tem um coração muito bom, é um menino muito genuíno e que não tem maldade. No pódio, eu torço por Matteus em primeiro, Alane em segundo e Bia em terceiro.

Quais os planos para daqui por diante? Pretende voltar a atuar com fisioterapia ou tem outras coisas em mente?

Agora é tudo muito novo. Eu vou analisar junto com a minha equipe, que agora eu sei que eu tenho (risos), mas, quero ir para a área da publicidade e da televisão, como apresentadora. Primeiramente estudar, porque de fato você tem que se profissionalizar. Eu vou focar nisso e nas possibilidades que o programa pode me proporcionar.

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