Após oito anos de testes, Eike Duarte protagoniza Malhação como jovem depressivo e elege cena mais emocionante

Publicado em 30/10/2018

Foram oito anos de tentativas até receber o “sim” para integrar o elenco de “Malhação – Vidas Brasileiras”.

No entanto, Eike Duarte, atual protagonista da novela teen, diz que cada negativa que recebia foi uma motivação para se aprimorar no ofício.

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“O ‘sim’ foi o momento de colher todos os ‘nãos’ juntos e carregar comigo essa força do quanto foi difícil chegar até aqui”, afirma.

Ele começou na TV em 2002, no programa “Xuxa no Mundo da Imaginação”.

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Diagnosticado com depressão, Álvaro, seu personagem, conta com a ajuda da professora Gabriela (Camila Morgado), do pai, Régis (Guilherme Weber) e de uma psicóloga para superar a doença.

A mãe do menino, Tânia (Laila Garin), ainda não se deu conta de que o que ele sofre é grave, carece de atenção e tratamento profissional.

Em entrevista ao Observatório da Televisão, Eike, 21, afirma que não conhecia a depressão a fundo, reflete sobre os desafios de interpretar o aluno do colégio Sapiência e elege a cena mais emocionante que gravou até agora.

Confira:

Você começou na TV muito novo. Foi tranquila essa transição do personagem mirim para um adolescente?

Foi meio complicada, porque chega uma fase que você não está nem tão novo e nem tão velho, e acaba ficando escasso de trabalho, mas foi o momento para focar no teatro e nos cursos para aprender mais sobre atuação.

Você tem algum mestre, alguém da TV que te inspire ou te ajude muito?

Nossa! Vários inspiradores: estrangeiros e mestres da atuação aqui no Brasil, que ouço e aprendo muito ao vivo.

Foram oito anos de tentativas para entrar em Malhação, né? O que sentia cada vez que levava um ‘não’ e como foi receber o ‘sim’ para esta temporada?

Sentia que cada ‘não’ que eu levava era um ‘sim’ para melhorar a minha carreira. O ‘sim’ foi o momento de colher todos os nãos juntos e carregar comigo essa força do quanto foi difícil chegar até aqui.

Depressão em Malhação

Você já sabia o que era depressão? Ficou surpreso em saber que a doença não tem a ver apenas com pessoas cabisbaixas e visivelmente tristes?

Sabia mas não tinha tanto conhecimento. Muita gente tem a doença.

Não tem a ver com a pessoa ter passado por algo difícil, ou se a pessoa aparentemente é feliz.

E sim com uma falta de alguma substância que pode gerar a depressão.

Qual é seu maior desafio ao interpretar o Álvaro?

Todos! Ele não tem nada a ver comigo… Álvaro tem um jeito tímido, depressivo e profundo.

Tive que buscar tudo isso para construir o personagem.

Você se inspirou em pessoas reais para compor o personagem?

Sem dúvidas. Tive contato com muitos depressivos, li cartas de despedida, soube de vários casos.

Li e vi sobre muitos assuntos relacionados a depressão.

A professora Gabriela vai ajudar o Álvaro… na sua época de colégio, você teve algum professor que chegou a te ajudar em algum assunto delicado ou que te marcou bastante?

Os professores são uma classe de muita influência sobre a vida dos alunos, por isso todos devem ser muito respeitados e valorizados.

Consegue eleger alguma cena especialmente desafiadora ou emocionante do Álvaro?

Sim! A do surto da depressão, que foi ao ar no dia 25 de setembro.

Álvaro gosta muito de ler… E você? Me fala um pouco sobre o seu universo de leitura.

Não tinha muita proximidade com este universo. Estou podendo conhecer mais e aprender junto com o Álvaro.

Escritor

E escrever… você curte?

Escrevo algumas músicas, mas não exponho. É mais pra mim.

Você mora aonde atualmente? O que gosta de fazer no tempo livre?

No Rio de Janeiro. Gosto de cinema, namorar [o ator namora a estudante de engenharia Natália Vivacqua, 23], praia e uma boa altinha.

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