Foram oito anos de tentativas até receber o “sim” para integrar o elenco de “Malhação – Vidas Brasileiras”.
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No entanto, Eike Duarte, atual protagonista da novela teen, diz que cada negativa que recebia foi uma motivação para se aprimorar no ofício.
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“O ‘sim’ foi o momento de colher todos os ‘nãos’ juntos e carregar comigo essa força do quanto foi difícil chegar até aqui”, afirma.
Ele começou na TV em 2002, no programa “Xuxa no Mundo da Imaginação”.
Diagnosticado com depressão, Álvaro, seu personagem, conta com a ajuda da professora Gabriela (Camila Morgado), do pai, Régis (Guilherme Weber) e de uma psicóloga para superar a doença.
A mãe do menino, Tânia (Laila Garin), ainda não se deu conta de que o que ele sofre é grave, carece de atenção e tratamento profissional.
Em entrevista ao Observatório da Televisão, Eike, 21, afirma que não conhecia a depressão a fundo, reflete sobre os desafios de interpretar o aluno do colégio Sapiência e elege a cena mais emocionante que gravou até agora.
Confira:
Você começou na TV muito novo. Foi tranquila essa transição do personagem mirim para um adolescente?
Foi meio complicada, porque chega uma fase que você não está nem tão novo e nem tão velho, e acaba ficando escasso de trabalho, mas foi o momento para focar no teatro e nos cursos para aprender mais sobre atuação.
Você tem algum mestre, alguém da TV que te inspire ou te ajude muito?
Nossa! Vários inspiradores: estrangeiros e mestres da atuação aqui no Brasil, que ouço e aprendo muito ao vivo.
Foram oito anos de tentativas para entrar em Malhação, né? O que sentia cada vez que levava um ‘não’ e como foi receber o ‘sim’ para esta temporada?
Sentia que cada ‘não’ que eu levava era um ‘sim’ para melhorar a minha carreira. O ‘sim’ foi o momento de colher todos os nãos juntos e carregar comigo essa força do quanto foi difícil chegar até aqui.
Depressão em Malhação
Você já sabia o que era depressão? Ficou surpreso em saber que a doença não tem a ver apenas com pessoas cabisbaixas e visivelmente tristes?
Sabia mas não tinha tanto conhecimento. Muita gente tem a doença.
Não tem a ver com a pessoa ter passado por algo difícil, ou se a pessoa aparentemente é feliz.
E sim com uma falta de alguma substância que pode gerar a depressão.
Qual é seu maior desafio ao interpretar o Álvaro?
Todos! Ele não tem nada a ver comigo… Álvaro tem um jeito tímido, depressivo e profundo.
Tive que buscar tudo isso para construir o personagem.
Você se inspirou em pessoas reais para compor o personagem?
Sem dúvidas. Tive contato com muitos depressivos, li cartas de despedida, soube de vários casos.
Li e vi sobre muitos assuntos relacionados a depressão.
A professora Gabriela vai ajudar o Álvaro… na sua época de colégio, você teve algum professor que chegou a te ajudar em algum assunto delicado ou que te marcou bastante?
Os professores são uma classe de muita influência sobre a vida dos alunos, por isso todos devem ser muito respeitados e valorizados.
Consegue eleger alguma cena especialmente desafiadora ou emocionante do Álvaro?
Sim! A do surto da depressão, que foi ao ar no dia 25 de setembro.
Álvaro gosta muito de ler… E você? Me fala um pouco sobre o seu universo de leitura.
Não tinha muita proximidade com este universo. Estou podendo conhecer mais e aprender junto com o Álvaro.
Escritor
E escrever… você curte?
Escrevo algumas músicas, mas não exponho. É mais pra mim.
Você mora aonde atualmente? O que gosta de fazer no tempo livre?
No Rio de Janeiro. Gosto de cinema, namorar [o ator namora a estudante de engenharia Natália Vivacqua, 23], praia e uma boa altinha.