risadas

Único humorístico inédito da TV aberta, A Praça É Nossa vive bom momento

O programa não teve grandes perdas com seu protocolo de segurança

Publicado em 16/07/2021

As dificuldades impostas pela pandemia não afetou apenas a produção de novelas. Os humorísticos, que já eram escassos antes da covid-19, também viram suas produções se reduzirem ainda mais neste contexto de crise sanitária. Assim, enquanto as novelas são gravadas a conta-gotas, por conta dos protocolos de segurança, os humorísticos foram simplesmente deixados de lado.

O clássico e longevo A Praça É Nossa foi um dos programas afetados. Por contar com plateia, grande elenco e um apresentador pertencente ao “grupo de risco”, Carlos Alberto de Nóbrega, a atração sobreviveu de reprises em 2020. Enquanto as vacinas ainda não estava disponíveis, a única opção do programa do SBT foi manter no ar os “melhores momentos”.

Em 2021, com a vacinação em andamento, A Praça É Nossa voltou a ser produzido. Sem plateia e com um cenário que permite distanciamento entre Carlos Alberto e seus humoristas, o programa conseguiu encontrar uma maneira de diminuir os riscos de sua produção. Assim, foi driblando as dificuldades.

No ar, o resultado funciona. Talvez o maior estranhamento seja a falta de figurantes, que sempre ocuparam todos os espaços do cenário. No mais, o programa não apresentou maiores perdas. Os dois bancos que separam os atores em nada afetaram o desempenho cênico. A plateia não faz falta a quem assiste, já que os risos foram mantidos.

Deste modo, A Praça É Nossa voltou a ocupar um lugar de destaque na programação do SBT. E, ainda, desfruta do fato de ser, atualmente, o único humorístico inédito da TV aberta (quer dizer, ainda há o Encrenca, da RedeTV!, mas se trata de um outro formato). Enquanto a Globo ataca com reprises de Escolinha do Professor Raimundo e Vai que Cola, o SBT conseguiu retomar sua produção de humor.

Assim, atualmente, A Praça É Nossa vive um bom momento. O fato de oferecer conteúdo inédito em meio a uma produção ainda escassa, sobretudo no SBT, a coloca num bom lugar, buscando trazer um mínimo de sensação de “normalidade” na telinha.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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