casal deboche

Donos das melhores frases de Império, Magnólia e Severo se destacam na trama

Zezé Polessa e Tato Gabus Mendes estão ótimos na trama de Aguinaldo Silva

Publicado em 06/10/2021

Nos mais recentes capítulos de Império, Magnólia (Zezé Polessa) e Severo (Tato Gabus Mendes) chegaram ao auge, ao receberem um jantar oferecido pelos classudos Cláudio (José Mayer) e Beatriz (Suzy Rêgo). O encontro do casal de trambiqueiros com figuras, como Maria Marta (Lilia Cabral) rendeu momentos do mais puro e inusitado humor.

Ricos desde que ganharam uma bolada numa corrida de cavalos, Magnólia e Severo tentam alcançar a alta roda, mas sem perder o jeitinho nada nobre que os caracteriza. O jeito espontâneo de “Mag”, somado ao sarcasmo latente de seu marido, arrancaram risos em meio às taças de champanhe oferecidos num ambiente cheio de requinte.

O choque provocado quando duas realidades aparentemente opostas se encontra deu à cena um nonsense que valorizou Império. A trama de Aguinaldo Silva, em seus núcleos mais bem-humorados, costuma fazer de uma comicidade mais rasteira. Já com Magnólia e Severo, o humor ganha contornos mais ousados e, por isso mesmo, mais interessantes.

Isso porque o casal dispara frases absurdas com a maior naturalidade. Trambiqueiros, aliciadores dos próprios filhos, exploradores e folgados, eles tinham tudo para serem pessoas detestáveis. No entanto, eles “dão a volta”, já que há uma fina ironia que permeia todas as suas falas. É um humor ácido, sarcástico, e que embute uma crítica social contundente.

Além disso, Magnólia e Severo contam com dois intérpretes inspirados. O jeito “espalhafatoso, mas sem ser over” de Zezé Polessa cai como uma luva em Magnólia, tornando-a carismática. Já Tato Gabus Mendes tem grande talento para falar os maiores absurdos num tom de voz tranquilo e afável, fazendo de Severo um adorável preguiçoso.

Assim, Magnólia e Severo se tornam exemplos de como um núcleo cômico bem construído pode contribuir para a narrativa de uma novela. Normalmente, o que se vê em outras produções são gags batidas e tolas, e que surgem soltas dentro de um enredo. Não é o caso dos pais de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa), que divertem, ao mesmo tempo em que contam uma história.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade