Responda rápido: quem são as três celebridades do BBB 23 que ilustram este artigo? Boninho, contrariando o Twitter, acertou ao preencher Camarote com “famosos desconhecidos”. O conceito parece contraditório, mas faz sentido e a coluna explicará nesta análise. Antes, é preciso ressaltar a mudança de rota do reality show após a temporada anterior, a mais covarde de todos os tempos.
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Esta coluna se equivocou completamente quando parabenizou o chefão do Big Brother Brasil por ter chamado “agregados” para o Camarote do BBB 22. Quando a lista completa foi divulgada, havia a expectativa de que eles garantiriam o sucesso do programa na TV e nas redes sociais.
“Agregados” são celebridades com ramificações ainda mais famosas na família. Por exemplo: ao convidar Pedro Scooby, Boninho viu a chance de também “confinar” a ex-mulher do surfista, Luana Piovani, com quem compartilha filhos e tretas públicas. Com Arthur Aguiar (Maira Cardi), Brunna Gonçalves (Ludmilla) e Tiago Abravanel (Silvio Santos), a teoria se repetiu.
Na prática, Brunna foi “planta”, Tiago desistiu, Scooby se omitiu do jogo e Arthur foi o campeão que ninguém pediu. Boninho, inclusive, precisou intervir com muito terror psicológico para salvar sua “cria”. Em resumo: o BBB 22 tornou-se um fracasso retumbante.
A ideia de trazer famosos “agregados”, aparentemente confortável, acabou se mostrando covarde pela incapacidade de ousar. Ué, cadê aquele Boninho que reuniu Babu Santana, Manu Gavassi e Rafa Kalimann no BBB 20 e Lucas Penteado, Karol Conká e Projota no BBB 21?
A ficha parece ter caído. Em 2023, o chefão do BBB apostou novamente no Camarote com anônimos (maldade desta coluna) ou “Pipoca gourmet” (maldade das redes sociais). A temporada que começa na próxima segunda-feira (16) tem novamente a predominância de “famosos desconhecidos”.
O que significa este conceito? São artistas ou personalidades com certa relevância em suas áreas de atuação, mas que falta “aquilo” para finalmente explodirem. O “aquilo” é justamente o Big Brother Brasil. Carregar o rótulo de ex-brother ou ex-sister representa para estes famosos a chance de fincarem os pés nos portais de notícias e das páginas de fofoca no Instagram e deixarem o anonimato.
Das celebridades do BBB 23, apenas dois nomes podem ser considerados “agregados”, mas há controvérsias. Fred, ex-marido de Boca Rosa (participante mais injustiçada do BBB 20), é extremamente conhecido na internet e por torcedores de futebol. O BBB permitirá que ele finalmente “fure a bolha” de seu nicho e seja conhecido das donas de casa. MC Guimê, que reatou com Lexa antes de ser anunciado no Camarote, pode estar menos famoso do que a mulher, mas tem uma carreira bem-sucedida.
Outros convidados, a depender da fama, poderiam facilmente entrar no grupo Pipoca. Domitila Barros, ativista e Miss Alemanha, tem menos seguidores do que Marília Miranda (não se sabe a procedência dos quase 800 mil fãs que a maquiadora ostentava no Instagram antes de ser anunciada pela Globo). Key Alves, embora seja a jogadora de vôlei mais seguida nas redes sociais, pratica um esporte bem menos popular do que o futebol. Caso semelhante ao do lutador de MMA Antônio “Cara de Sapato”.
Do elenco “caseiro”, Boninho apostou em dois prodígios: os ex-atores mirins Gabriel Santana e Bruna Griphao, com importantes trabalhos no currículo, porém com menos fama em relação a colegas da mesma geração. Aline Wirley, que viveu o auge da exposição com o Rouge, não precisa se preocupar com “cancelamento”. Já Marvvila tem potencial para ser uma das cantoras mais conhecidas do Brasil. O médico Fred Nicácio, por sua vez, plantou na Netflix (como apresentador do Queer Eye Brasil) o sucesso que almeja no BBB.
Diferentemente dos “agregados” do BBB 22, que evitavam pisar em ovos para não prejudicarem a si próprios nem os parentes mais famosos, os anônimos do Camarote do BBB 23 são estrelas em ascensão com muita vontade de brilhar, ainda que às custas de sua saúde mental. Ponto para Boninho.
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