As Américas não têm nada parecido. Um festival multinacional da canção com concorrentes de todos os países da Europa, com votação dos próprios competidores e também do público que vê pela TV e manda seu voto via mensagem de texto (SMS).
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Parece um BBB com clima de Copa do Mundo. Assim é o Eurovision, Festival de canção da Europa, que teve sua final nesse sábado, 14.
A 66ª edição do Festival Eurovision da Canção aconteceu no PalaOlimpico, em Turim. No meio da semana, já houve as semifinais (dias 10 e 12 de maio).
A festa teve transmissão na Europa e também para o mundo pelos sinais internacionais de emissoras como TVE (Espanha), RAI (Itália) e RTP (Portugal), canais no YouTube e alguns flashes nas redes sociais.
200 milhões
Os apresentadores falaram no ar que eram 200 milhões de público de audiência no mundo todo.
Há países que participam de fora da Europa como convidados – como este ano foi o caso de Austrália.
O grupo vencedor nesta edição foi da Ucrânia, o Kalush Orchestra, que encantou com um mix de rap a timbres e instrumentos da música local na canção Stefania.
O tom político acabou sendo um ingrediente forte do super-evento.
O que não surpreende, já que o Eurovision acontece enquanto a Ucrânia é devastada por uma guerra, desde que foi invadida em 24 de fevereiro pelas tropas da Rússia. O país invasor, governado por Vladimir Putin, não participou do festival.
Veja o Kalush Orchestra:
Em segundo lugar ficou o concorrente do Reino Unido e, em terceiro, a Espanha. Veja o quadro a seguir com a classificação final.
A geração das imagens da grande festividade, com quase quatro horas de duração, foi da RAI, com a cantora italiana Laura Pausini como hostess.
Ela puxou em determinado momento um trecho à capela da famosa canção italiana Volare e o público acompanhou. Confira a seguir:
Quem assistiu pela TVE da Espanha viu a comemoração do terceiro lugar obtido pela representante do País, a cantora pop Chanel, como se fosse a vencedora.
Afinal, foi o melhor resultado da Espanha nas 27 edições que já participou.
Tudo no estúdio da emissora levava a acreditar que o feito foi quase tão importante quanto a vitória.
Aqui, a apresentação da artista espanhola.
Outro ponto de destaque da festa foi a apresentação do grupo vencedor de 2021.
No ano passado, a revelação foi a banda italiana Maneskin, a mesma que virá ao Brasil em setembro para apresentação no Rock in Rio 2022 e também fará shows em São Paulo.
Aqui, um pouquinho do Maneskin no Eurovision 2022.
Para os saudosistas das canções românticas italianas, teve também um pouco de Gigliola Cinquetti, diva do gênero.
Muitos pontos altos entre as apresentações, como o show da cantora do We are Domi, da República Tcheca, uma espécie de Kate Perry do Leste Europeu. Ela cantou em inglês, Lights Off.
Aqui, o vice-campeão, pelo Reino Unido, Sam Ryder:
Ou ainda a cantora de Portugal, Maro, muito festeja pela audiência da RTP. Afinal, ficar no top 10 para o país foi considerado um grande feito. Ela cantou “Saudade, Saudade”.
Esse trio da Islândia chamou atenção pela ternura.
Não faltarem lances polêmicos em tempos de guerras menções políticas.
A atriz polonesa Ida Nowakowska fez um gesto que muitos associaram a saudação do nazismo.
Foi no momento em que a Polônia preferiu seu voto em favor do país com que tem fronteira, a Ucrânia – a Polônia tem sido o país que mais vem recebendo refugiados da guerra.
Nas redes sociais, muitos chamaram a atenção que os próprios músicos da Kalush Orchestra fizeram o mesmo gesto, mas as emissoras cortaram as cenas nas suas edições nas redes sociais.
A íntegra da grande final pode ser vista no YouTube no canal Eurovision Song Contest.