Feliz Ano Novo

2022, o ano em que relembramos que ninguém é melhor do que ninguém

É bom aproveitarmos 2023 com paciência, companheirismo, diálogo, resignação, humildade, caridade e segurar a mão do próximo

Publicado em 05/01/2023

Amigos da Coluna Por Trás da Tela, ofereço a vocês este primeiro texto de 2023 me sentindo mais maduro e crescido. Meu grande professor nesse sentido foi o ano de 2022. Eu vi morrerem Pelé, Elizabeth II, Gal Costa, Erasmo Carlos, Jô Soares, Elza Soares, Arnaldo Jabor, Milton Gonçalves, Olivia Newton-John, Cláudia Jimenez, Robbie Coltrane, Jerry Lee Lewis, Rolando Boldrin, Bento XVI.

Alguns se foram cedo, enquanto outros poderiam ter ficado um pouco mais conosco, como a jogadora de volêi Isabel Salgado. Mas não temos controle sobre o fenômeno morte. Aliás, não temos controle sobre nada, apenas somos controlados por uma força ainda não totalmente conhecida, que já recebeu vários nomes mundo afora e tempo afora.

Não entra em nosso raciocínio quem nos mandou nascer ou morrer – não nesta coluna. Tampouco os nomes citados como mandantes da nossa partida durante a História – por várias civilizações, hoje ou milênios atrás. Não interessa também, no momento, se a nossa criação foi obra do acaso – existem várias teorias científicas em torno do assunto.

Certeza mesmo nós temos é de que, do mesmo jeito que viemos, nós vamos embora. Até hoje o Planeta Terra pode ser chamado de Terra de Ninguém, pelo menos quando falamos em seres humanos. Acho que não há riqueza, vaidade, arrogância, que nos mantenha por aqui. Para que nossa insignificância seja latente, basta pensar em uma árvore, que segundo estudiosos chega a viver por volta de 5 mil anos.

Não há violência que sustente a ganância do hoje, porque o amanhã é muito mais forte. E isso me faz pensar em outro fato de 2022, a Guerra da Ucrânia. Quem quer que esteja com intenções belicosas que possam gerar lucro e riqueza vai morrer. E, se pensar que o legado ficará para algum ente querido, a História já mostrou a queda de grandes civilizações. A única herança será o sofrimento.

Vale lembrar que em 2022 ainda enfrentamos a covid-19 e outras doenças, que fazem a guerra microscópica ser ainda mais letal do que a física. E outra guerra, também muito danosa, que foram as eleições pelo Brasil.

Não falo somente das eleições presidenciais, mas de todas aquelas em que as palavras pesadas, de baixo calão, para desmoralizar adversários, fake news para pulverizar os rivais, nos tornaram tão ignorantes quanto nossos antepassados.

2022 nos mostrou o quão frágeis somos, sem evolução, e o quanto poderíamos aprender com os fatos que testemunhamos. Mas nós esqueceremos rapidamente, e daqui a pouco desfilaremos nossa glória e ascensão a lugar nenhum. Daqui a pouco acharemos novamente que somos o País do Futebol, quando a Copa do Mundo mostrou que ninguém é que melhor do que ninguém.

Com toda essa lição, é bom aproveitarmos 2023 com paciência, companheirismo, diálogo, resignação, humildade, caridade e segurar a mão do próximo, que um dia poderá te amparar simplesmente porque existe AMOR.

Um ótimo 2023 para os amigos da Coluna. Viver não é uma opção, mas é uma obrigação que pode ser recompensadora.

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