
Ainda é impossível saber qual será o desfecho do caso envolvendo Patrícia Poeta e Manoel Soares na Globo, mas seja lá qual for, e para ser bem honesto e direto, o assunto ganhou proporções que jamais, em absoluto, deveria ter chegado.
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As abordagens nada profissionais que vemos por aí, seja na TV ou internet, sem exceção, fogem completamente de um debate, de opinião, de apuração jornalística, de informação, e partem para o pior lado da situação, o hate pelo hate (ou pela audiência barata), e a crucificação desonesta em massa, que em nada contribui para qualquer tipo de esclarecimento ou reflexão.
Tudo, até aqui, está completamente desproporcional ao ocorrido entre os apresentadores do Encontro. O que estamos assistindo, lendo e aplaudindo, não é nada além de pessoas ostentando sem nenhum puder, e de maneira criminosa, ataques ferozes e cruéis disfarçados de opinião.
Desgraçadamente, o desrespeito parte de uma ação conjunta e sem fundamento, onde um perfil acompanha o outro na chamada “efeito manada”. Boa parte é propagação de perfis sem identificação, ou quando não, de figuras públicas que por trás das câmeras – sabemos bem – escolheram odiar tudo aquilo que foge do seu parco.
Qualquer limite democrático sobre o tema já foi ultrapassado. Existe sim um sensacionalismo vergonhoso acontecendo, que sempre termina em ofensas gratuítas e histórias fantasiosas.
A conduta nada exemplar da apresentadora com seu colega de programa, é claro, deve sim ser questionada, mas é curioso entender que este, o verdadeiro ponto do assunto, já foi esquecido. O que está acontecendo agora, e podemos considerar até mais grave, é o quanto as pessoas estão acrescentando problemas onde já existe um que ainda não foi resolvido.
Muito se falou, após tudo que vivemos, sobre a humanidade “sair melhor” da pandemia, mas pelo visto a humanidade continua a mesma (ou piorou!). No fim das contas, o mesmo cidadão que tanto pedia empatia do governo passado é o mesmo que está promovendo o linchamento com Patrícia Poeta. É assustador.
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