Almir Sater foi, sem dúvidas, um dos destaques do remake de Pantanal, produzido pela Globo. Na trama, o cantor e compositor interpreta o chalaneiro Eugênio. A novela acaba hoje (7 de outubro).
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O personagem foi uma chance de Almir Sater reviver a mesma história da qual participou 32 anos atrás. Para quem não se lembra, o músico encarnou Trindade na versão original de Pantanal, exibida na Rede Manchete em 1990.
Na Globo, o filho do artista, Gabriel Sater, foi quem deu vida ao peão e violeiro misterioso que tinha um pacto com o diabo.
E na história escrita por Benedito Ruy Barbosa, Trindade fez o parto de Irma (Camila Morgado), assim como ocorreu no remake, e simplesmente desapareceu. Seu desfecho precisou ser criado por Benedito Ruy Barbosa por um motivo especial: Almir Sater foi convidado para ser protagonista de outra novela da Manchete.
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Almir Sater em A História de Ana Raio e Zé Trovão
A novela para qual Almir Sater foi convidado a estrelar foi A História de Ana Raio e Zé Trovão, escrita por Marcos Caruso e Rita Buzzar. Caruso, vale dizer, esteve também no elenco de Pantanal interpretando o peão Tião na primeira fase.
Dirigida por Jayme Monjardim, a trama entrou no ar logo após Pantanal, em 1991, e por isso Almir precisou se ausentar da história de Benedito Ruy Barbosa antes do final.
Almir Sater foi escalado para interpretar o protagonista Azelino, mais conhecido como Zé Trovão. Já para viver seu par romântico, Ana de Nazaré, chamada de Ana Raio, foi chamada a a atriz Ingra Lyberato.
Em Pantanal, Ingra deu vida a Madeleine na primeira fase, a mãe de Jove (Marcos Winter).
Novela fez sucesso na época
A novela narra a história de Ana de Nazaré, que é órfã de mãe e mora com o pai no sul do país. Aos treze anos a personagem de Ingra Lyberato é estuprada pelo capataz Canjerê e fica grávida da menina Maria Lua.
Mais tarde, o homem que a violentou retorna, assassina o pai de Ana e rapta sua filha. Os anos se passam e a protagonista se torna uma peoa de rodeios muito talentosa. No decorrer da história ela conhece Zé Trovão, também peão aclamado e os dois se apaixonam.
Marcos Caruso, o autor, explicou como nasceu a ideia de escrever A História de Ana Raio e Zé Trovão.
“Ela não era ruim. Não é porque eu que escrevi, não. Ela era mal programada. Eu soube que ia escrever Ana Raio três semanas antes de acabar Pantanal. O [diretor] Jayme [Monjardim] foi à Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos para gravar uma cena de Pantanal e ficou deslumbrado com aquele mundo“, afirmou.
Depois do insight, Jayme Monjardim revelou que já tinha os protagonistas em mente.
“Ele me chamou, pegou uma sela branca, chegou ao meio da sala e jogou: ‘Ana Raio!’ Pegou uma sela preta, jogou no meio da sala e disse: ‘Zé Trovão!’. E avisou: ‘Quero, a cada 20 capítulos de quatro blocos, mudar de cidade e percorrer o país inteiro’. O slogan da Manchete na época era ‘O Brasil que o Brasil não conhece’, aí eu fui e fiz“, contou o escritor e ator.
Em audiência, na Rede Manchete a novela não conseguiu o mesmo sucesso que a antecessora Pantanal. Já na reprise no SBT, entre 2010 e 2011, a produção fez a emissora se manter na vice-liderança, fazendo com que capítulos extras fossem incluídos na programação.
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