A notícia de que Lilia Cabral levaria para os cinemas a história de A Lista, peça de Gustavo Pinheiro que a atriz estreou ainda durante o período de isolamento exigido pela pandemia de Covid-19, soa natural se posta em análise a trajetória desta atriz e produtora paulistana.
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Isso porque pelo menos duas obras encenadas no palco com sucesso pela artista já fizeram caminho semelhante. Divã (2005), baseado no romance homônimo da autora gaúcha Martha Medeiros, ganhou bem sucedida adaptação para o cinema em 2009 e depois, em 2011, uma nova versão em formato de série exibida pela TV Globo.
Por sua vez, Maria do Caritó (2010), de Newton Moreno, foi outro sucesso de público e crítica que também ganhou as telas de cinema em 2018, em adaptação que não roçou a popularidade de seu antecessor, mas ajudou a imortalizar uma das obras mais saborosas de Moreno.
Da lista dos grandes êxitos teatrais de Cabral, a única que não atravessou o sucesso dos palcos para outro formato foi Solteira, Casada, Viúva, Divorciada (1993), obra que reunia textos de nomes como Noemi Marinho, Maria Adelaide Amaral e Regiana Antonini que foi propulsora da popularidade da atriz no teatro. Bem recebida pelo público, A Lista vai marcar a terceira investida da atriz na transição entre palco e tela.
Na obra, Cabral dá vida a uma mulher que, mesmo antes da pandemia, já havia adotado exílio voluntário, e que, durante a crise sanitária, conta com a ajuda de uma vizinha mais jovem para fazer as compras de supermercado, todas sempre anotadas em uma lista. Giulia Bertolli, filha da atriz, dá vida à personagem.
Outros nomes, como Tony Ramos, Rosamaria Murtinho, Zezeh Barbosa, Tony Tornado, Reginaldo Faria e Betty Faria compõem o elenco do filme, que deve ser lançado no próximo ano. O espetáculo A Lista retorna aos palcos no dia 18 de julho, no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro, para curta temporada até o dia 28.