RECAP

The Walking Dead vira drama policial após desaparecimento de personagem

Série zumbi copia o melhor de CSI e Law & Order, usando uma estética neo noir

Publicado em 07/03/2022

Está na cara que a comunidade Commonwealth não é um porto seguro como aparenta. The Walking Dead alimentou ainda mais essa perspectiva no 11º episódio da última temporada, exibido no domingo (6). A série zumbi virou um drama policial após desaparecimento de personagem. Mural de suspeitos e teorias da conspiração fizeram parte da investigação.

[Atenção: spoilers a seguir]
Como tem sido praxe, The Walking Dead busca mostrar os dois lados de Commonwealth. Tudo vai muito bem, na mais pura harmonia, quando do nada rola uma reviravolta e o clima altera, ficando sombrio.

Assim foi em Rogue Element, o capítulo da semana. Eugene (Josh McDermitt) flutuava nas nuvens ao lado da -fake- Stephanie (Chelle Ramos). Os dois apareceram felizes, indício de que a relação amorosa estava tinindo. O professor pardal do apocalipse zumbi até ofereceu a chave do apartamento dele, em gesto de avanço do namoro.

Só que aí o sorvete derreteu, literalmente. Stephanie não apareceu em um encontro marcado, e Eugene logo percebeu o sumiço. Sem ação das forças oficiais do santuário, ele resolveu investigar o caso por conta própria.

O professor pardal virou um detetive, tipo personagem de CSI ou Law & Order. O mais legal foi que The Walking Dead tomou emprestado o estilo de séries policiais e usou trilha sonora, diálogos e visuais característicos dessas atrações durante a investigação de Eugene, aplicando também a estética neo noir.

Eugene e o quadro de investigação digno de séries policiais
Eugene e o quadro de investigação digno de séries policiais

Quem é (a verdadeira) Stephanie?

Preocupada com a fossa vivida por Eugene ao perder o grande amor, Princesa (Paola Lázaro) foi visitá-lo. É ela quem descobriu o mural montado por Eugene, com cartaz de Stephanie desaparecida e várias conexões com pistas, naquele tipo de painel de suspeitos vistos em toda série criminal.

Então, Eugene explicou para a amiga o que aconteceu. Ele encarnou o detetive e destrinchou o passo a passo da investigação, soltando frases na linha: “O nome desse cara é Roman Calhoun [Michael Tourek]. E definitivamente ele não é um encanador”. No caso, Eugene o tratava como um dos suspeitos de raptar Stephanie.

Enquanto ele relatava o que descobrira, imagens em preto e branco eram mostradas, com personagens a distância entrando em um prédio. Não dava para identificá-los, pois apenas apareciam as silhuetas deles. Depois, foram intercaladas cenas também distantes do ponto de vista do observador, como se Eugene estivesse espionando.

A teoria dele era que Stephanie foi raptada por pessoas de dentro do governo de Commonwealth. Vai aí um meio certo para essa resposta. Sim, os poderosos da comunidade estavam envolvidos por trás do caso, porém Stephanie não foi raptada.

Parte da investigação de Eugene fazia sentido. Existe um grupo secreto funcionando na moita de Commonwealth, armando todo tipo de tramoia. E a tal da Stephanie fake faz parte da turma, assim como Lance Hornsby (Josh Hamilton). O diretor de operações da cidade sabia que Eugene estava no encalço e maquiou a situação.

O sobrevivente foi coagido a assinar um documento, após ser preso por invadir o apartamento de Calhoun, o “encanador”. Lá dizia que Eugene sofre de paranoia. Ou seja, ninguém (oficialmente) vai acreditar ao ouvi-lo falar da conspiração por trás de Commonwealth.

No final, Eugene encontrou a verdadeira Stephanie (Margot Bingham), com quem ele conversava via rádio transmissor e o fez ir até Commonwealth. Como a reunião ocorreu às escondidas, fica em aberto o motivo de ela finalmente ir ao encontro do professor pardal.


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